
Martim Mayer apresentou, esta quarta-feira, aos adeptos e simpatizantes, a candidatura à presidência do Benfica e deixou uma bicada àqueles que se "aproveitam" do clube.
"Quero liderar uma candidatura independente, livre de poderes instalados, dos que deles se aproveitaram e ainda se aproveitam. Livre de amarras, de jogos de bastidores que nos prejudicam e ferem a identidade", começou por apontar na abertura da cerimónia, no Capitólio.
A recuperação da identidade, que "passa por unir os sócios", é uma das grandes bandeiras da candidatura do empresário, que apontou ainda aos erros da atual direção do clube. "Nos últimos cinco anos conquistou três titulos em 20 disputados. Gastou 900 milhões de euros em jogadores e vendeu 1.8M, sendo que 800 milhões são da formação. Falta de estratégia, de competência e preocupante falta de vitórias".
A centralização dos direitos televisivos tem sido um dos temas mais debatidos nos últimos tempos em Portugal. Ao contrário dos outros candidatos, Martim Mayer acredita que o Benfica deve liderar este processo, para promover o futebol nacional. "Dada a relevância que tem para o Benfica e o peso que este tem face aos restantes clubes. O meu Benfica não irá abdicar de um cêntimo. Mas devemos liderar este processo e sim dar o nosso contributo para promover o futebol do nosso país", apontou.
Sobre a continuidade do técnico encarnado Bruno Lage, o candidato foi direto e concreto. "O [Bruno] Lage é o treinador do Benfica, temos de deixar chegar a data das eleições para ver se ainda será o treinador nessa altura, mas comigo não tinha começado esta época."
Relativamente a Rui Costa disse estar perante "um excelente número 10, mas um mau presidente" e apelou a que, vá ou não a eleições, que "não tome decisões que comprometam o próximo mandato". Sobre Luís Filipe Vieira espera que este proteja "o bom nome do Benfica", não indo às urnas como candidato.
O possível regresso de João Félix foi também um dos temas abordados, mas Martim Mayer foi bastante cauteloso, apontando ao lado financeiro/necessidade que o clube precisa. "Há que saber o que pode estar em causa. É necessário conhecer os números e as necessidade mais urgentes que o plantel tem, e para isso era preciso fazer uma análise mais profunda ao tema. Agora é sempre bom a nossa gente voltar a casa, por isso se for um bom negócio, se se encaixar bem naquilo que são as necessidades urgentes do plantel, eu vejo sempre com bons olhos".