
Marta Magalhães já é a portuguesa com melhor ranking de sempre, depois de ter ocupado o 27.º lugar da hierarquia mundial. Agora é a 29.ª mas vive um momento especial no Sand Series de Matosinhos, onde vai disputar a final de pares mistos com Mathieu Guegano este sábado. Marta até já conquistou o Sand Series de São Paulo em pares femininos mas em mistos pode ser o primeiro da sua carreira.
E a verdade é que só o facto de jogar uma prova desta magnitude em Portugal já a deixa a sorrir. "O meu primeiro sentimento é felicidade, orgulho do nosso país estar a conseguir fazer um evento desta dimensão e com esta qualidade. Já joguei a maior parte dos Sand Series e fico feliz por ver que está ao mesmo patamar de países que investem muito no beach tennis, como o Brasil. Portugal está a investir muito e isso é visível", começou por afirmar.
Como melhor portuguesa de sempre, Marta Magalhães não esconde o orgulho. "Obviamente que me deixa feliz. O principal foco nunca é o ranking, é tudo o que leva a isso, os torneios. Mas depois claro que leva ao ranking. No ano passado fiz uma época muito, muito boa, tive de abdicar de muitas coisas da minha vida para fazer isto quase profissionalmente. Claro, estou muito feliz com a posição no ranking. Agora é manter e ir melhorando ao longo do tempo", sublinhou.
Mas como apareceu o Beach Tennis? As raquetas estiveram sempre lá. "Surgiu recentemente, tipo há 3 anos. Joguei ténis de campo desde os 4 anos, competi no circuito nacional todo, ITF, depois fui para os EUA e só quando acabei os meus estudos lá é que surgiu o Beach Tennis. Nem sabia que dava para fazer competição disso. Depois fui-me apercebendo de que no Brasil já está a um nível em que dava para fazer mais profissionalmente, então mudei-me para o Brasil. Parte do meu coração também está lá! Mas continuo a representar Portugal em todos os torneios e com esse investimento que Portugal está a fazer, espero que no futuro consiga vir para cá e fazer o que faço no Brasil cá. Seria um sonho", apontou.
Agora, Marta Magalhães não deixa de colocar objetivos altos e aponta o cenário ideal para a carreira. "O objetivo é chegar ao top 10, fazer só disto profissão. Depois gostava de voltar para Portugal, ajudar a desenvolver o Beach Tennis cada vez mais, continuar a representar Portugal nas competições mundiais e atingir cada vez mais recordes que nunca ninguém conseguiu", rematou.