
Roberto Mancini admitiu sentir-se arrependido por ter abandonado o comando técnico da seleção de Itália, depois da conquista do Euro em 2021. "Tomei a decisão errada! Para um treinador, não há nada melhor do que dirigir a seleção nacional. Ganhei com os clubes, mas ganhar com a Itália é outra coisa... outro sentimento", declarou o treinador italiano.
"Se eu e o Gravina tivéssemos falado mais naquelas semanas, e mesmo antes, para esclarecer certas situações, nada disto teria acontecido... mas por vezes, decidem-se coisas erradas. É verdade que já não sentia a confiança que tinha antes, mas tinha de falar com o presidente. Hoje, quem sabe, ainda estaríamos juntos para tentar ir ao Campeonato do Mundo, e talvez, depois de ganhar o Campeonato da Europa, tentar a dobradinha", acrescentou Mancini.
Recorde-se que o treinador italiano guiou a seleção azzurra a uma sequência histórica de 38 jogos sem derrotas, entre 2018 e 2021, conquistando no processo o segundo campeonato europeu na história de Itália, 53 anos depois da primeira conquista (1968).
O mais recente desentendimento entre Luciano Spalletti e a seleção italiana, que resultou no despedimento do técnico, abriu portas para rumores de possíveis nomes que podiam ficar ao leme da euipa, e o nome de Mancini surgiu na lista. "Costumam dizer que valtamos sempre para onde fomos felizes. Que seria um bom desafio para mim, não há dúvida, mas também é um bom risco, sim. Às vezes é preciso arriscar, não é?", respondeu acerca de um possível regresso à seleção onde fez história.
O técnico que passou pelo Man. City, Lazio e Inter, realçou a relação que mantém com os jogadores da seleção italiana, que seria um fator que potenciaria um regresso ao leme. "Nunca perdemos o contacto! Escrevemos uns aos outros, sobretudo se fizerem coisas boas nos clubes. Existe uma relação importante com eles, que se manterá para sempre pois são jogadores especiais para mim e penso que eu sou especial para eles", vincou.
"Quanto ao presidente, ele sabe que na vida também se cometem erros. Entendermo-nos sobre isso é o mais importante agora", acrescentou Mancini, reconhecendo a importância de resolver assuntos do passado com o presidente Gabriele Gravina.
Autor: Guilherme Cabral