O tetracampeão inglês Manchester City, com mais de 200 milhões de euros (ME) investidos, dominou a janela de transferências de futebolistas de inverno, ativa nos principais campeonatos europeus entre 1 de janeiro e segunda-feira.

O avançado egípcio Omar Marmoush (ex-Eintracht Frankfurt, 75 ME) e o médio espanhol Nico González (ex-FC Porto, 60 ME) representaram os maiores gastos dos 'citizens', que recrutaram ainda dois defesas centrais, o uzbeque Abdukodir Khusanov (ex-Lens, 40 ME) e o brasileiro Vitor Reis ao Palmeiras, orientado pelo português Abel Ferreira, por 37 ME.

Juma Bah, adquirido ao Valladolid por seis ME e imediatamente cedido ao Lens, também contribuiu para os 158 ME despendidos pelo Manchester City, que nunca tinha chegado aos três dígitos de despesa numa janela de inverno e procurou soluções para melhorar a atual quinta posição na Premier League, a distantes 15 pontos do líder isolado Liverpool.

Bem menos ativo esteve o rival citadino Manchester United, que recrutou apenas Patrick Dorgu (ex-Lecce, 30 ME) e Ayden Heaven (ex-Arsenal) no primeiro mercado sob alçada técnica de Ruben Amorim, emprestando Antony (Betis) e Marcus Rashford (Aston Villa).

Os 'villans' acolheram também Donyell Malen (ex-Borussia Dortmund, 25 ME), Andrés García (ex-Levante, sete ME) e o cedido Marco Asensio (ex-Paris Saint-Germain), mas viram sair o ponta de lança colombiano Jhon Durán rumo aos sauditas do Al Nassr, de Cristiano Ronaldo, por 77 ME, na transferência mais avultada a nível mundial em 2025.

O líder Liverpool, o Arsenal e o Chelsea não contrataram, enquanto o Tottenham juntou Antonín Kinský (ex-Slavia Praga, 16,5 ME) aos empréstimos de Kevin Danso (ex-Lens) e Mathys Tel (ex-Bayern Munique), numa janela em que a Premier League teve o habitual domínio no investimento, com 475,55 ME, mais do dobro dos 228,7 ME da Liga italiana.

Um dos principais protagonistas foi o Como, com Maxence Caqueret (ex-Lyon, 15 ME) a sobressair numa despesa total 49,2 ME, que bateu ligeiramente os 48,5 ME do AC Milan.

Santiago Giménez (ex-Feyenoord, 32 ME) e Warren Bondo (ex-Monza, 10 ME) juntaram-se à equipa de Sérgio Conceição, tal como os emprestados João Félix (ex-Chelsea, com uma taxa de 5,5 ME), Riccardo Sottil (ex-Fiorentina) e Kyle Walker (ex-Manchester City), contrastando com as saídas temporárias de Álvaro Morata (Galatasaray, seis ME), Noah Okafor (Nápoles), Ismaël Bennacer (Marselha) e do capitão Davide Calabria (Bolonha).

Com 25,2 ME despendidos, a Juventus recrutou Alberto Costa (ex-Vitória de Guimarães, 13,8 ME) e os cedidos Renato Veiga (ex.Chelsea, quatro ME), Lloyd Kelly (ex-Newcastle, 3,8 ME) e Randal Kolo Muani (ex-PSG, 3,6 ME), perdendo o capitão Danilo (Flamengo).

Se Nicola Zalewski foi emprestado pela Roma ao campeão Inter Milão, a Atalanta trouxe Daniel Maldini (ex-Monza, 10 ME) e Stefan Posch, cedido pelo Bolonha, e o líder Nápoles assegurou por empréstimo Simone Scuffet (ex-Cagliari) e Philip Billing (ex-Bournemouth), mas libertou a custo zero Mário Rui e vendeu Khvicha Kvaratskhelia ao PSG por 70 ME.

Essa foi a única aquisição do tricampeão e líder da Liga francesa, superado na despesa só pelo Rennes (74,65 ME), cujo reforço mais caro foi Seko Fofana (ex-Al Nassr, 20 ME).

Mika Biereth (ex-Sturm Graz, 13 ME) e Al Musrati, emprestado pelo Besiktas, assinaram pelo Mónaco, enquanto o Marselha apostou em Amine Gouiri (ex-Rennes, 19 ME), Amar Dedic (ex-Salzburgo, 1,5 ME) e Luiz Felipe (ex-Al-Ittihad), com Chuba Akpom (ex-Ajax) e Thiago Almada (ex-Botafogo) a juntarem-se por cedência a Lille e Lyon, respetivamente.

A Liga francesa somou 201,8 ME em gastos, contra os 169,85 ME da Alemanha, situada entre as congéneres brasileira e saudita e pautada pelo Leipzig, que pagou a cláusula de compra de Xavi Simons (ex-PSG, 50 ME) e agregou Ridle Baku (ex-Wolfsburgo, 4,5 ME).

Elye Wahi (ex-Marselha, 26 ME) e Michy Batshuayi (ex-Galatasaray, três ME) reforçaram o Eintracht Frankfurt, ao passo que Finn Jeltsch (ex-Nuremberga, 9,5 ME), Luca Jaquez (ex-Luzern, 6,5 ME) e Jacob Larsen (ex-Hoffenheim, 1,7 ME) juntaram-se ao Estugarda, tendo Jonas Urbig (ex-Colónia, sete ME) resumido a atividade do líder Bayern Munique.

Alejo Sarco (ex-Vélez) e os cedidos Mario Hermoso (ex-Roma) e Emiliano Buendía (ex-Aston Villa) reforçaram o campeão Bayer Leverkusen, ficando o Borussia Dortmund com os empréstimos de Daniel Svensson (ex-Nordsjaelland) e Carney Chukwuemeka (ex-Chelsea), mais Diant Ramaj (ex-Ajax, cinco ME), a evoluir no Copenhaga até ao verão.

Distante do desafogo financeiro de outras latitudes, a Espanha despendeu apenas 26,13 ME, reflexo da inatividade do campeão mundial e europeu Real Madrid, do Atlético de Madrid ou do FC Barcelona, e teve como principal agitador o Betis, com 13 ME gastos.

O mercado continuará ativo em países como Áustria, Hungria, Polónia, Roménia, Rússia, Suíça, Sérvia, Turquia, Ucrânia, China, Coreia do Sul, Emirados Árabes Unidos, Japão, Canadá, Estados Unidos ou Brasil, onde causou furor o regresso de Neymar ao Santos, seu clube de formação, após quase 18 meses instáveis no campeão saudita Al Hilal, de Jorge Jesus.