
O V. Guimarães continua a preparar a temporada 2025/26 e esta segunda-feira realizou um treino aberto. Luís Pinto, treinador dos vimaranenses, garante que está satisfeito com o grupo e que a equipa vai estar preparada para o arranque oficial da Liga Betclic, em casa do FC Porto.
A duas semanas do primeiro jogo oficial, que Vitória que temos nesta fase?
"Temos um Vitória preparado e a continuar a preparar-se, obviamente, com uma aceitação do grupo de trabalho àquilo que foram as chegadas dos jogadores e da equipa técnica muito boa, com um muito bom ambiente dentro do grupo e a receber da melhor forma possível aquilo que nós queremos transmitir aos jogadores. E nós também a recebermos da melhor forma possível aquilo que o clube tem para nos transmitir, que os jogadores que cá ficam têm para transmitir, porque esta pré-época serve muito para isso, para adquirirmos valores, comportamentos, além da capacidade física que é normal na pré-época. Temos um balanço muito positivo do momento atual do Vitória nesta pré-época."
A nível do plantel, está satisfeito? Há lacunas ainda por suprir?
"Estou extremamente satisfeito, temos jogadores de muita qualidade que se mantêm por cá, temos jogadores de muita qualidade que chegaram, há jogadores a chegar também que vêm acrescentar qualidade e opções ao grupo, por isso estou extremamente satisfeito."
O Luís quando chegou o que lhe foi pedido em termos de classificação, em termos de objetivos?
"Em termos de objetivos, não. Obviamente que nós sabemos, e já o disse, o Vitória é um clube muito exigente por tudo, pela sua massa adepta, pelo que é a história do clube, e obviamente que nós temos sempre a intenção de conseguir olhar para a Europa como um objetivo. Agora, essa é uma questão muito longínqua, nós temos que nos focar naquilo que é o dia-a-dia, naquilo que é nós conseguirmos melhorar o nosso processo todos os dias e preparar o próximo jogo da forma mais correta possível para que possamos ganhar. E é isso que nós, enquanto dinâmica de grupo, queremos criar a nível de cultura. Olhar para o próximo jogo como um objetivo de vencer, preparar o próximo jogo para vencer e tem que ser essa a nossa forma de estar."
De alguma forma preferiria ter uma entrada na primeira jornada do campeonato já com outro nível de competitividade, que eventualmente os jogos de preparação acabam por não dar?
"Eu julgo que nós temos de ter a capacidade de nos agarrarmos e fazer o melhor com aquilo que temos. Esta pré-época sem esse início tão avançado em relação aos outros adversários faz com que nós também tenhamos tempo para trabalhar as nossas ideias de uma forma tranquila, de uma forma em que possamos testar, errar, crescer. Por isso, julgo que o nosso estado de preparação é ótimo e o tempo que nós temos de preparação também é ótimo para nós chegarmos à primeira jornada extremamente bem preparados, quer do ponto de vista da competitividade, quer do ponto de vista daquilo que é a dinâmica que nós pretendemos para a nossa equipa a nível de jogo, a nível de ideias e a nível de forma física, obviamente."
No processo de construção do plantel, o que é que ainda há para fazer?
"Neste momento, e como vocês devem perceber, temos jogadores de enorme talento e o mercado estando aberto nós temos de estar sempre preparados para o que possa acontecer. Mas, dentro daquilo que são as necessidades, acho que estamos extremamente bem munidos com os jogadores que temos. Agora, é deixar o mercado correr também porque nós não controlamos o mercado, temos de estar preparados para aquilo que ele nos possa dar e é muito dentro desse registo."
Mas há alguma posição em que identifique alguma mudança mais cirúrgica a fazer?
"Não, aquilo que nós tínhamos identificado de início de época com a parte da estratégia está identificado e está bem conversado dentro do clube, julgo que não há nada de relevante, sinceramente, a acrescentar."
A nível do estágio, o que é que permitiu acrescentar ao grupo?
"O estágio permitiu, essencialmente, criar ligações humanas porque isto no fim do dia somos todos homens e aquilo que é necessário é nós termos boas ligações entre todos e a parte humana estar acima de tudo e o estágio permitiu muito isso. Foi um estágio que correu muito, muito, muito bem, o balanço é extremamente positivo. A nível do treino, claro que permitiu-nos continuar a crescer naquilo que nós acreditamos que deve ser a nossa forma de estar em campo, testando estruturas, avançando com a estrutura principal que nós desde o início temos, sem qualquer problema, vindo a demonstrar qual é. Por isso, foi um estágio com um balanço muito, muito, muito positivo."
Esta chegada aqui ao Vitória o que é que representa para si como treinador
"Essencialmente valorizar muito o que está para trás, porque eu só acredito que este momento de chegar ao Vitória tenha existido por aquilo que é o passado, por aquilo que é o crescimento, por aquilo que são as experiências que nós vamos ter noutros contextos e que nos fazem ficar preparados para contextos de maior exigência. Obviamente que o contexto do Vitória é o contexto de maior exigência da minha carreira até ao momento. Acho que não há problema nenhum em admitir isso, é a realidade e temos que estar cientes disso e preparados para isso. Eu julgo que é o trajeto natural de quem quer vencer no futebol, de quem quer estar no futebol com o objetivo de conquistar e de unir aquilo que é uma carreira que tem vindo a ser de crescimento e sustentada com aquilo que é o clube que está num momento em que também tem tido um crescimento sustentado internamente. Nós queremos conseguir fazer com que esse crescimento seja depois dentro do campo, que haja uma continuidade dentro do campo daquilo, quer na minha carreira enquanto treinador, pegando essa pergunta mais pessoal, quer naquilo que é o clube a nível de crescimento interno. Eu julgo que é o momento certo para nós nos juntarmos e criarmos esta simbiose da minha parte e da parte do clube."
Traz alguma responsabilidade chegar à Vitória como campeão da Liga 2?
"Não, traz satisfação porque ser campeão é sempre um motivo de orgulho e de satisfação. Depois traz confiança no processo, conseguir olhar para as coisas de uma forma natural, é verdade que o salto é grande, mas se o salto foi dado e se existe esta realidade neste momento é porque as pessoas acreditam que estamos preparados para isso e nós próprios temos essa confiança sustentada em resultados, que no futebol é uma coisa que é importante. Mós podemos acreditar muito mas se for sustentada em resultados acaba por ser mais sólido."