
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, assegurou que será candidato nas eleições legislativas mesmo que seja constituído arguido no âmbito de um eventual processo relacionado com a empresa da sua família.
«Avanço com certeza», respondeu Montenegro, quando questionado se avançaria com uma candidatura se fosse constituído arguido no processo relacionado com a Spinumviva, a empresa da sua família, em entrevista à TVI.
Montenegro disse que se sente «legitimado» como líder do PSD e como candidato social-democrata às eventuais eleições legislativas antecipadas: «Todos os dados de que desponho sou de que estou legitimado como líder do PSD. Não vejo ninguém a colocar em causa a minha liderança. Só quero estar à frente do PSD se o PSD quiser.»
Na véspera de o parlamento debater uma moção de confiança ao Governo, Montenegro voltou a manifestar a convicção de que não cometeu qualquer crime no processo relacionado com a Spinumviva: «Não me demito porque não tenho razão para me demitir. No momento em que eu tiver consciência de que há uma razão para cessar funções, não é preciso ninguém apontar-me a porta.»
Montenegro disse, ainda, que «não faz sentido» retirar a moção de confiança antes do debate na Assembleia da República e que entende que tem de se sentir legitimado pela vontade popular, neste caso representada pelo parlamento.