Lúcio Rocha, ala de 20 anos do Benfica, venceu o prémio para Melhor Jovem Jogador do mundo em 2023 atribuído pelo portal Futsalplanet.
Já no Uzbequistão com a seleção para o Mundial que começa sábado, o jogador explicou o que sentiu ao saber da distinção e como se apercebeu.
«Sinto-me muito feliz, fui apanhado desprevenido, mas é um sentimento muito bom, algo pelo qual trabalhei muito tempo e é muito bom ganhar um prémio e um reconhecimento destes», disse aos jornalistas presentes. A BOLA também vai estar em breve com Rui Almeida, jornalista e colunista do jornal em servico especial.
Como soube da notícia? «Estava a dormir (risos), vamos ter treino daqui a bocado, estava a descansar, porque passei a noite um bocado mal, tinha despertador para as 3h40 e tocaram a campainha no quarto a brincar, já não sei quem é que foi. Acordei e tinha muitas mensagens no telemóvel.»
Num ano, campeão da Europa Sub-19, melhor jogador desse torneio, um ano depois estás num campeonato do mundo a nível senior, o melhor jogador jovem do mundo, esperavas num ano isto dar a acontecer?
«Sinceramente não, já tinha comentado com alguns colegas que eram sonhos tornados realidades, se calhar nem nos meus melhores sonhos imaginava que fosse assim, tão rápido e tantas coisas boas a vir ao mesmo tempo, mas trabalhei para tudo isto, esforcei-me diariamente e com a ajuda da minha família, dos meus amigos, treinadores lá no meu clube, consegui conquistar isto tudo e é muito bom.»
Que sonhos para o futuro? «O sonho mais perto e o maior sonho da minha vida é ganhar o Mundial por Portugal e estamos cá, estou muito ansioso e quero ajudar a equipa, estes grandes jogadores, somos uma família e quero mostrar que podem confiar em mim e ajudá-los jogo após jogo para ser possível deste sonho estar cada vez mais perto.
É o espalha-brasas desta seleção? «(risos) Não sei se sou espalha-brasas ou não, porém se for uma boa característica posso ser, sem problema algum, mas é algo engraçado.»
Como é que tem sido estar neste grupo? «Eu sabia já desde cedo que não ia ser difícil integrar-me, já convivia com alguns deles muito e são todos assim como eu, extrovertidos, acolhem muito bem os seus e acho que isso é uma das maiores bases para se construir uma equipa, mas uma família que ao longo dos anos tem sucesso e é assim, que é estar com eles, não é estar triste, é estar feliz a todo momento. Levar-nos ao limite, darmos tudo nós, sabemos que olhamos para o colega do lado e pensar se ele está a dar 110%, como é que eu não vou dar 110% também? E motivam dia após dia e é muito bom estar aqui, sinto-me em casa.
Algum nervosismo? «Não é tanto um nervosismo, uma ansiedade, porque sinceramente o pressão não é algo que me deixe atrapalhado, isso até acaba por ser bom, porque sabemos que neste desporto, se quanto melhor formos, entre aspas, mais pressão vai haver e eu sabendo que tenho os companheiros que tenho, tanto ao nível do clube como aqui na seleção, acho que nervoso não pode existir, mas sim um bocado ansioso, mas acho que é mais isso.»