
O Estrela da Amadora saiu derrotado de Arouca pela margem mínima, numa partida na qual, segundo a análise de José Faria, fez o suficiente para conseguir outro desfecho.
Foi um jogo complicado, também tendo em conta as condições climatéricas?
"Um jogo difícil e um bocadinho incaracterístico pelas condições do relvado e atmosféricas, mas acho que o resultado mais justo seria o empate. Acho que as melhores oportunidades até ao golo do Arouca foram claramente nossas: temos o lance do Dramé e a jogada do Jovane. Um jogo difícil e com sabor amargo. Saímos daqui com o sentimento de que poderíamos e deveríamos ter levado pontos."
Que análise faz ao encontro?
"Acho que o 1.º tempo foi muito amarrado, aqui e ali algo conflituoso, com muitas faltas e parado. Acho que nós nas bolas paradas temos mais ocasiões, o João Costa faz uma boa defesa a terminar a 1.ª parte e o guarda-redes deles também já tinha feito uma. Na 2.ª parte entramos bem, superiores e depois levamos um golo onde viramos as costas à bola, bola parada, andamos aos trambolhões na nossa área, um jogador no chão, ou seja, mais demérito nosso do que propriamente mérito do Arouca. Sabíamos que era um jogo importante para as duas equipas, sabíamos que para o Arouca significava muito e acabaram por marcar e num jogo destes quem marca acaba por vencer. No fim ainda tentamos, tivemos algumas oportunidades, mas, mais uma vez, o guarda-redes esteve presente. Agora é continuar e não muda nada em relação ao que temos de fazer. Uma vitória aqui não significava nada, era apenas e só mais um passo. Sentimos que aqui e ali não temos uma pontinha de sorte. Já aconteceu na semana passada com o Farense, no último minuto mandámos uma bola à trave. Hoje também, várias oportunidades para fazer num campo tradicionalmente difícil, com uma equipa difícil, mas é continuar a trabalhar. Não conheço outro caminho que não seja o do trabalho e da resiliência, porque certamente as coisas vão mudar."
Há agora mais pressão já que rivais diretos pontuaram nesta jornada?
"Desde o início nós olhamos semana a semana para aquilo que somos capazes de fazer. Foi assim num passado recente, quando fomos à Madeira, com tantas dificuldades que passamos e vencemos o jogo. Foi assim na semana passada com o Farense, quando falhámos um penálti a terminar a 1.ª parte e levámos um golo a abrir. Tivemos as melhores oportunidades durante todo o jogo. E hoje, mais uma vez, chegamos aqui a Arouca e se as pessoas forem honestas intelectualmente não podem dizer que o resultado é justo porque tivemos as melhores oportunidades. Efetivamente foi um jogo incaracterístico. Sentimento de revolta, estão revoltados porque sentem que não foram inferiores, ou que não foram inferiores a esta equipa. Já o tínhamos mostrado na 1.ª volta e acho que estão revoltados. O predicado que mais pode definir o sentimento desta equipa é a revolta, porque foi como eu disse, um ponto não mudava nada, três pontos não mudava nada. Ficávamos mais confortáveis, mas sabemos que daqui até ao fim ainda faltam disputar 12 pontos e nada ficava decidido. Temos a plena noção que isto vai ser até ao fim, apesar do AFS ter pontuado e apesar do Boavista também ter pontuado, sabemos que não muda nada. Temos um jogo já no próximo fim de semana em que temos de fazer o nosso melhor no nosso estado para tentar somar pontos."