
O regresso de Jorge Jesus ao futebol saudita já está em marcha. No mesmo dia em que o Al Nassr oficializou a contratação do treinador português, o técnico levantava voo em direção a Riade, onde vai formalizar o vínculo até ao final da temporada 2025/26. À partida de Lisboa, deixou palavras de entusiasmo, mas também um aviso: o contrato ainda não está assinado.
«Há um acordo verbal, mas não está escrito», afirmou, sublinhando que tudo será selado apenas à chegada à capital saudita.
Apesar da formalidade pendente, Jesus já fala com a confiança de quem conhece bem o território e volta a um ambiente onde diz sentir-se em casa. «Adoro estar na Arábia Saudita, é o país do futuro, no futebol e não só. É com muito prazer que vamos voltar. Sempre fui muito feliz. Ganhei sempre e agora vou tentar fazê-lo novamente.»
Cristiano Ronaldo foi peça-chave neste reencontro com o futebol árabe. O técnico não escondeu que a presença do capitão da seleção nacional foi determinante. «Sem o convite dele não estaria lá. O Ronaldo é um jogador que ganhou sempre tudo onde jogou, mas na Arábia ainda não. Vou ver se o ajudo. Falamos a mesma língua, será tudo fácil. Não podia recusar o desafio que o Cristiano me fez.»
Questionado sobre a mudança para o rival direto do Al Hilal - clube com o qual conquistou o campeonato saudita e estabeleceu um recorde mundial de vitórias consecutivas - Jorge Jesus recusou alimentar polémicas e comparou a situação ao que viveu em Portugal. «Fui sempre bem tratado no Al Hilal, não tenho razão de queixa. A vida de um treinador é assim. Volto para o rival. Foi a mesma coisa de ter sido do Benfica para o Sporting.»
Entre as várias reflexões, o treinador deixou também escapar um arrependimento recente. «O ano passado errei ao não aceitar o projeto da Seleção do Brasil. Não quis ir porque estava de corpo e alma no Al Hilal.»
A turma de CR7 e companhia tem já um primeiro teste a sério no próximo dia 19 de julho. Al Nassr e Al Ittihad disputam entre si o acesso à final da Supertaça saudita.