A notícia caiu que nem uma bomba no futebol francês: o histórico Lyon foi punido com a despromoção preventiva à Ligue 2, depois de ter apresentado dívidas de 500 M€, e tem até final da época para regularizar as contas e anular o castigo. John Textor, dono do clube, veio ontem desvalorizar a situação garantindo ter meios "mais do que suficientes" para manter o Lyon na Ligue 1.

"O Lyon não será despromovido! As projeções mostram que temos muito mais dinheiro do que aquele que precisamos. A lacuna que terá de ser coberta até final do ano é de 100 M€ e não teremos problemas em fazê-lo", garantiu Textor.

O empresário aponta que a Direção Nacional de Controlo e Gestão (DNCG), o organismo que puniu o Lyon, não considerou que o clube faz parte do Eagle Football Group - juntamente com Botafogo, Crystal Palace e Molenbeek - e que, por isso, tem mais formas de financiamento: "Temos recursos que vão muito além do clube. Mesmo que fracassemos em todas as nossas iniciativas globais, no valor de 700M€, os accionistas não deixarão o grupo falir."

Textor prepara-se para vender a fatia de 45% das ações que detém no Crystal Palace e frisa que esse valor "já seria mais do que suficiente para cobrir as dívidas". O ‘L’Equipe’ explica que Textor planeia canalizar 45 M€ desse negócio para os cofres do Lyon e ainda injetar um total de 175 M€ no clube através do referido Eagle Football Group.

Necessário vender
Quando à proibição de inscrever jogadores, Textor aponta que o objetivo é... vender. "Tivemos de contratar muito há um ano porque estávamos em 18º. Agora o plantel tem 29 jogadores, o que é demasiado, só precisámos de 23 ou 24", disse, garantindo ainda que a folha salarial vai cair dos atuais 128 M€ para 74 M€. "Só aí são 50 M€ de poupança", aponta.