O treinador do Casa Pia, João Pereira, falou esta quinta-feira aos jornalistas antes de mais um treino no estágio que a equipa de Pina Manique está a realizar no Algarve. O técnico, que parte para a segunda época no comando dos gansos, abordou, entre outros temas, a forma como o grupo se tem preparado para 2025/26, o arranque do campeonato, que reserva receção ao Sporting logo na 1.ª jornada e ainda falou do central Ruben Kluivert, que está de saída para o Lyon.

Como está a correr a preparação?
"Tudo muito bem. Gratos por estar onde estamos, clima bom, bom relvado, boas condições e um local que nos permite estarmos todos muito unidos diariamente. Conseguimos ter bons espaços para convívio também e isso permite que consigamos cada vez mais fortalecer os laços da equipa."

A base do plantel da época passada mantém-se. É um dos segredos?
"Penso que sim. Aquilo que foi construído na época passada, a transição tem que passar muito por aquilo que é a consistência e mantermos essa consistência, nomeadamente é não haver muitas alterações, obviamente o plantel não está fechado, nem para saídas nem para entradas, portanto também tem sido um mercado ativo, mas nós focados naquilo que temos neste momento, os jogadores que temos, com uma vantagem, teórica, que depois temos que aplicá-la na prática de já nos conhecemos desde a época passada, não existindo essas tais alterações em grande número comparativamente àquilo que foi a época anterior".

Saída de Ruben Kluivert é mais uma prova de valorização de jogadores?
"Estamos a falar de um jogador que foi comprado por 150 mil euros e está a ser falado para os 5 milhões. É tudo mérito de um trabalho coletivo, desde o departamento de scouting por tê-lo identificado, ao próprio Ruben Kluivert, à equipa que também o ajudou e obviamente à nossa equipa técnica e aos elementos de staff que os ajudam. Seja na fisionomia - e o Ruben sabe perfeitamente que tinha que ser cada vez melhor - na parte da psicologia também, porque todo o jogador tem altos e baixos e vai tendo a sua intermitência ao longo da época, nomeadamente os jovens e nós, Casa Pia, trabalhamos muito com esse perfil de jogador. Depois a nossa metodologia também permite crescer do ponto de vista técnico".

Casa Pia recebe o Sporting a abrir a Liga. Expectativas?
"Não há melhor forma de começar, com jogos de altíssima exigência. Todos são e nós próprios é que criamos essa dita exigência. Um jogo que teoricamente para quem está de fora pode ser considerado mais fácil, muitas vezes podemos dificultá-lo. E um jogo que pode sempre ser muito difícil do ponto de vista teórico, podemos fazer com que se torne mais fácil e estamos a trabalhar para que nesse jogo com o Sporting, sabendo da exigência, consigamos fazer com que se torne mais fácil. O ponto de partida é que vamos jogar contra uma equipa que é campeã nacional e tem essa responsabilidade de se mostrar enquanto. Nós temos a responsabilidade de fazer melhor do que a época passada no que fazemos diariamente, ou seja, na forma como nos comportamos, treinamos e queremos evoluir e crescer, seja nos pequenos ou grandes, temos de fazê-lo com mais responsabilidade".

Depois dos recordes de 25/26, como encaram a nova época?
"O Casa Pia vai ter sempre como objetivo a luta pela manutenção, mas internamente tudo o que fazemos diariamente tem de ser com mais rigor, mais detalhe e mais brilho. Termos essa fome, essa sede de vencer cada vez maior e depois cada vez mais sermos um grupo, uma equipa e um clube cada vez mais forte. E esse é o nosso grande objetivo. Se mantivermos essa consistência diária a consequência será estarmos mais próximos das vitórias".