João Félix foi o mais recente convidado do podcast 'Geração 90', do 'Expresso', onde falou sobre a pressão - que não sente -, a transição do FC Porto para o Benfica, aos 15 anos, e o primeiro golo como profissional ao serviço das águias, no dérbi diante do Sporting.

"Saí de casa com 11 anos, fui viver na altura para a Casa do Dragão [Academia do FC Porto]. O meu pai deixou-me lá para dormir e treinar. Passada uma hora, ligo-lhe a chorar 'vem buscar-me, tira-me daqui. Tenho saudades do pai, da mãe e do irmão'. Ele disse-me 'ok, vou buscar-te, mas depois não te levo mais'", começou por dizer, antes de recordar mais conselhos do pai: "Se quiseres atingir o nível que pretendes, vai custar agora e vai custar daqui a uns tempos. Eu respondi 'ok, não me venhas buscar. Eu fico bem, vai para Viseu com a mãe'. Desde esse dia, nunca mais senti que não conseguia".

O internacional português revelou que foi aos 16 anos que começou a ver o futebol de forma mais séria - "quando já estou no Benfica e começo a ver a equipa principal mais perto" -, e até contou como se deu a mudança do FC Porto para a Luz. "Tinha 15 anos e, nesse último ano, não tinha jogado muito. Tinha dito que não queria continuar [no FC Porto] e disse que ia jogar para Viseu. O Benfica acaba por surgir através do meu irmão. Ele na altura estava muito bem e o Benfica queria-o. Acabei por ir também". 

Após recordar o primeiro golo como profissional, no dérbi com o Sporting, usando novamente a palavra "arrepiante", Félix garantiu não sentir a pressão antes de entrar em campo, por saber que está prestes a fazer algo em que "é bom". "Nunca senti muito essa coisa que a malta diz da pressão. Sou muito apologista de: se vais fazer uma coisa em que sabes que és bom, não tens necessidade de sentir pressão. Se te sentires pressionada, as coisas vão sair pior", referiu, em conversa com Júlia Palha. "Uma coisa é ter um bocadinho de ansiedade, acho que isso é sempre bom. Mas pressão, acho que nunca fui muito de ter", rematou.

Recorde-se que João Félix chegou à equipa principal do Benfica em 2018 e, depois de uma curta estadia, rumou ao At. Madrid, naquela que é, até hoje, a transferência mais cara de um jogador português: cerca de 127 milhões de euros. Atualmente, o criativo representa o Chelsea.