
Oliveira é seguramente um dos apelidos da família do ciclismo de pista português. Assim sendo, no madison, com a medalha de bronze nos Europeus, Rui e Ivo renovaram razões para que tal aconteça.
Se há algo que esta vertente nos ensinou foi que a química do par é fulcral. Não existe melhor do que sugar esse requisito a quem o tem desde o berço. Como se fosse insuficiente, não é a primeira vez que a dupla se testa nesta disciplina. Nos últimos Mundiais, os gémeos terminaram o madison no quarto lugar, pouco tempo depois de Rui Oliveira e Iúri Leitão se terem sagrado campeões olímpicos.
Nas 200 voltas, com sprints a cada 10, Rui e Ivo conseguiram angariar 96 pontos. Terminado o corrupio ao velódromo, com trocas entre os ciclistas feitas através de pegas nos pulsos, apenas os Países Baixos (Yanne Dorenbos e Vincent Hoppezak - 119) e a Alemanha (Tim Torn Teutenberg e Roger Kluge - 105) colecionaram mais.
Em Heusden-Zolder, os irmãos já tinham sido medalhados. Ivo ficou em segundo lugar na perseguição, a mesma posição que Rui conseguiu na eliminação. Já Iúri Leitão sagrou-se campeão europeu na corrida por pontos e no scratch. Maria Martins (corrida por pontos) contribuiu com um bronze para a colheita da seleção nacional.
As seis medalhas em 2025 igualam o recorde de Portugal numa só edição dos Europeus. Há cinco anos, em Plovdiv, o desfecho foi o mesmo. Por essa ocasião, na Bulgária, em 2020, Rui e Ivo alcançaram a prata no madison. Só em Europeus, nos últimos oito anos, Portugal conquistou 25 medalhas no ciclismo de pista.