Matheus Pereira, ex-jogador do Sporting, William e Marlon foram ameaçados pelos adeptos do clube dos três, o Cruzeiro, treinado pelo português Leonardo Jardim. Bonecos com as camisolas e os números dos atletas ensanguentados e decapitados foram colocados num viaduto da cidade de Belo Horizonte, dias depois da eliminação do clube para o rival América Mineiro na meia-final do estadual de Minas Gerais.

Em nota, o Cruzeiro disse «repudiar veementemente» o sucedido e sublinhou lamentar «episódios de ataque às vidas de alguns dos seus atletas», tendo acionado «as forças de segurança para que todas as providências sejam tomadas a respeito deste assunto». No comunicado, o clube também condenou as ameaças online a Matheus Mendes, guarda-redes do América.

Os laterais William e Marlon falharam dois penáltis no desempate, após duas igualdades 1-1 no tempo regulamentar das duas mãos das meias-finais entre Cruzeiro e América. E Mendes festejou, de forma provocatória, cada uma das defesas efetuadas. Já Matheus Pereira, que não atuou, é alvo por ter dito que queria voltar à Europa mas acabou por ter a transferência para o Zenit St. Petersburgo abortada à última hora.

Com um início de temporada muito tenso, Gabigol, principal reforço da equipa, e Alexandre Mattos, diretor desportivo, foram, entretanto, denunciados após o dérbi com o Atlético Mineiro, ainda na fase de grupos. O jogador é acusado de agressão ao central atleticano Lyanco e o dirigente de protestos à porta do balneário do árbitro. Jardim agora tem mais de um mês sem jogos oficiais para preparar a equipa para a estreia no Brasileirão, dia 29 de março.