A Rússia renunciou esta segunda-feira a organizar os Jogos da Amizade, idealizados para concorrer com os Jogos Olímpicos, em resposta à exclusão do país do maior evento desportivo mundial, e que estavam previstos para este ano.
Em decreto, o presidente russo, Vladimir Putin, dá conta da decisão de "adiar até decisão extraordinária" a organização dos Jogos da Amizade, "de modo a defender o direito dos desportistas e das organizações desportivas ao livre acesso às atividades desportivas internacionais".
Os Jogos da Amizade, que inicialmente estavam agendados entre 15 e 29 de setembro, com um programa de 33 desportos, foram a resposta da Rússia às limitações impostas ao país na sequência da invasão da Ucrânia, nomeadamente ao afastamento de Paris'2024, onde russos e bielorrussos só puderam participar como atletas neutros, sem símbolos nacionais e apenas em provas individuais, após uma restrita seleção.
No entanto, este evento nunca teve lugar, sem que fosse adiantada qualquer explicação oficial por parte das autoridades russas.
Após o anúncio da criação dos Jogos da Amizade, o Comité Olímpico Internacional (COI) criticou a "tentativa cínica da Rússia de politizar o desporto", instando todos os membros do Movimento Olímpico e todos os governos a boicotarem o evento.