O treinador Gonçalo Feio revelou esta segunda-feira que a preservação dos seus "padrões de ambição" motivaram a rescisão com o Dunkerque, após 23 dias e sem realizar qualquer jogo oficial pelo clube da segunda divisão francesa.

"Tenho os meus standards e ética de trabalho. O que me foi dito e o que esperava encontrar, comparado com o que realmente encontrei, foram duas coisas diferentes. E pedi para rescindirmos", justificou o técnico.

Em declarações à Lusa, Gonçalo Feio comentava a sua saída do emblema gaulês antes de cumprir o primeiro mês de um vínculo de dois anos, pelos quais "nada" exigiu em termos de compensações salariais.

"Estou de boas relações com o clube e com o diretor desportivo. Simplesmente estamos em níveis diferentes de exigência a diversos níveis e preferi terminar já", completou.

Gonçalo Feio, de 35 anos, chegou ao Dunkerque para substituir Luís Castro, que entretanto tinha rumado ao Nantes, sendo que os media franceses falam da insatisfação do português com problemas nas infraestruturas e na organização do clube.

Agora, o técnico luso prefere "esperar" por um desafio adequado à sua "ambição".

"Acho que agora vou ter de esperar. Mas prefiro isso, o projeto não tinha a mesma ambição que eu e, quando é assim, foi a melhor decisão, apesar de ser uma decisão muito difícil", concluiu.

Na época passada, Gonçalo Feio conquistou a Taça da Polónia pelo Legia, que terminou o campeonato na quinta posição e atingiu os quartos de final da Liga Conferência.