O presidente da Confederação do Desporto de Portugal (CDP), Daniel Monteiro, pediu esta segunda-feira "efeitos práticos" para a execução do Plano de Desenvolvimento para o Desporto em Portugal, com a devida valorização do desporto federado no país.

"Já que construímos este caminho até aqui, ter um plano para o desporto, que era fundamental e que a CDP tantas vezes exigiu e pediu, então que esse plano agora tenha efeitos práticos -- e esses efeitos são chegar à realidade de cada modalidade", observou o dirigente, durante a apresentação das conclusões do debate ocorrido na Cimeira de Presidentes das Federações Desportivas, em Lisboa.

O presidente da CDP vincou que a "realidade" de cada federação deverá ser alvo de análise cuidada por parte do governo português e apresentou "um novo modelo de financiamento para o desporto nacional", que sugere um mecanismo de solidariedade a advir das receitas obtidas através das apostas desportivas, como a proposta a retirar do encontro no qual marcaram presença mais de 50 representantes de federações desportivas portuguesas.

"A proposta ou ideia que aqui foi discutida, de termos o desporto federado no centro da atividade das federações desportivas, vai entroncar em pleno naquilo que é o plano de desenvolvimento desportivo para o país, porque estamos em crer, e porque as federações o querem de facto, que para termos melhor desporto em Portugal temos de valorizar o desporto federado, mais atletas federados, mais clubes a participar nas nossas competições desportivas nacionais, regionais e locais", afirmou.

Daniel Monteiro frisou que esse modelo a apresentar visa uma distribuição de verbas mais justa e que "privilegie o mérito", da qual resultarão frutos a nível desportivo e a sua concretização levará a que "os melhores atletas possam representar" o desporto português no estrangeiro, "ao nível dos melhores nos principais palcos e frente aos melhores atletas da Europa e do mundo".