
Avança uma revolução na arbitragem, já de olhos postos na temporada 2025/26. Pedro Proença, presidente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), fez questão de assumir diretamente o dossiê - até pelo conhecimento que posssui, dada a condição de antigo árbitro internacional -, e pretende agora concretizar o plano delineado com Luciano Gonçalves, presidente do Conselho de Arbitragem (CA).
Esta dupla tem trabalhado em parceria com a Liga Portugal e com a Associação de Árbitros (APAF) para avançar com a prometida Entidade Externa de gestão do Futebol profissional, sempre dependente de uma alteração legislativa.
Uma medida já a ser implementada é a criação do cargo de Diretor Técnico de Arbitragem, que será assumido por Duarte Gomes, também ele antigo árbitro, que recentemente deixou de colaborar com A BOLA, na condição de especialista nesta área, precisamente para abraçar este novo desafio profissional na FPF. Duarte Gomes será responsável pela ligação aos 22 diretores técnicos regionais, e terá a missão de criar um modelo de formação transversal para preparar o setor para um futuro com mais quantidade e qualidade.
Mas este plano para o setor da arbitragem, preparo pela nova estrutura federativa, contempla outras medidas profundas. A BOLA sabe que vai ser adotado um quadro de árbitros dedicados exclusivamente à vídeoarbitragem (VAR), incompatível com o desempenho da função em campo, e essa carreira terá as devidas categorias, com as habituais descidas e subidas no final de cada temporada.
Para além desta medida, virada para a especialização da carreira de VAR, a revolução preparada por Pedro Proença e Luciano Gonçalves vai também procurar uma maior responsabilização do quadro de juízes. A partir da próxima temporada, as notas atribuídas a árbitros e vídeoárbitros, em cada jogo, vão ser tornadas públicas, provavelmente através do site oficial da FPF. Dentro desta intenção de seguir uma política de maior transparência, o Conselho de Arbitragem também está decidido a adotar uma comunicação mais aberta, nomeadamente na intenção de explicar de forma mais regular e aprofundada as decisões dos árbitros e dos vídeoárbitros, semana após semana.
Proença quer lançar as bases de um novo ciclo na arbitragem.