Numa tarde de muita chuva na Serra da Freita, o Arouca bateu o Estrela (1-0) e deu um passo decisivo para a permanência na Liga. Nandín saltou do banco e colocou fim à seca de vitórias arouquenses em casa que durava há quase três meses.

Os tricolores continuam perto da zona de descida, mas dependem apenas de si para escaparem à despromoção.

A chuva tornou o relvado muito pesado e o jogo bastante físico com muitos duelos. Ainda assim, os arouquenses foram os mais perigosos na primeira metade e tiveram, inclusive, um golo anulado a Trezza (4’).

Por seu turno, o Estrela sofreu com a boa entrada do oponente, mas paulatinamente conseguiu assentar jogo. Aos 30', os estrelistas aproveitaram um erro do adversário para marcar, mas o lance foi invalidado por posição irregular de Kikas, autor do desvio final.

Com maior domínio territorial e mais posse de bola, o Arouca adaptou-se melhor à chuva sem fugir à sua matriz de jogo. Yalçin, bastante perdulário, estragou a assistência da tarde a Jason com uma receção falhada (35’) e em cima do intervalo, João Costa impediu o golo de Trezza (44’). A melhor ocasião da primeira metade pertenceu, no entanto, a Fontán que falhou o cabeceamento solto de marcação na área (45+1’).

Os lobos mereciam ter chegado ao intervalo em vantagem. A segunda parte começou, porém, com uma toada distinta da primeira com o Estrela a mostrar-se mais perigoso. Mantl teve de aplicar-se para travar um remate forte de Jovane (49’) e pouco depois, ficou a ver a bola passar-lhe por cima. O chapéu de Dramé perante o alemão, que saiu por cima, foi a ocasião mais flagrante que os tricolores tiveram na partida.

O Arouca voltou a ganhar ascendente na partida à passagem da hora de jogo. Por ora, já Vasco Seabra tinha lançado Nandín e Mansilla, dupla que acabaria por ser protagonista embora por motivos distintos. Volvidos sete minutos após ter entrado, o uruguaio desbloqueou o jogo a favor dos arouquenses com uma finalização oportuna na área.

O Estrela da Amadora sentiu de sobremaneira o golo sofrido e não mais se encontrou em campo com exceção para um remate de Travassos ao lado. Ciente de que poderia fechar a partida, o Arouca carregou e criou duas oportunidades claras para chegar ao 2-0. Não foi, de resto, a tarde de Mansilla que enviou uma bola ao ferro (73’) e falhou uma grande penalidade (81’).

Não houve penalização para tamanho desperdício e o Arouca acabou a festejar.

As notas do Arouca: Mantl (6), Alex Pinto (5), Chico Lamba (5), Fontán (6), Dante (5), Pedro Santos (5), Fukui (5), Sylla (5), Jason (5), Trezza (6), Yalçin (4), Mansilla (4), Nandín (7), Weverson (5), Popovic (-) e Loum (-).

As notas do E. Amadora: João Costa (6), Ferro (5), Pantalon (5), Dramé (4), Travassos (5), Leo Cordeiro (4), Amine (4), Montóia (5), Alan Ruiz (5), Kikas (4), Jovane (5), Rodrigo Pinho (4), Bucca (4), Chico Banza (5), Gerson Sousa (4) e Rúben Lima (5).

As reações dos treinadores

Vasco Seabra (Arouca): A equipa produz muito e merece estar em níveis mais elevados. Queríamos travar a sequência de não ganhar em casa. O resultado foi curto para o que criámos. Tivemos oportunidades muito claras para conseguir outro resultado frente a uma equipa difícil.

Luís Silva (adjunto do E. Amadora): Foi um jogo dividido. Mesmo quando não tivemos bola na primeira, tivemos o controlo de jogo. Até ao golo do Arouca, as melhores situações foram nossas. Sofremos golo num momento de desatenção, a defesa estava a recompor-se. Estamos na luta até final.