
A construção de um parque de ondas integrado num projeto turístico e desportivo de 25 milhões de euros arrancou hoje, em Óbidos, e deverá ficar concluído em 2026, segundo os promotores.
A Surfers Óbidos Portugal deu esta quinta-feira oficialmente início às obras de construção do projeto que contará com uma piscina de ondas com a tecnologia 'Wavegarden Cove' "de 46 módulos, capaz de gerar até 1.000 ondas por hora, com um menu que oferece mais de 25 tipos diferentes de ondas", divulgou a empresa em comunicado.
As ondas "vão desde longas e suaves, ideais para iniciantes, até ondas potentes que permitem aos surfistas avançados realizar manobras, aéreos e tubos", o que, segundo os promotores,"reforça o posicionamento da região Oeste como um polo de excelência no surf europeu".
O Surf Parque de Óbidos, promovido pela Surfers Cove, conta com o apoio de investidores como a Menlo Capital, Despomar, Admar, Draycott, Manuel Maria Vasconcelos e Marcelo Martins (Onda Pura Surf Center), os acionistas do Noah Surf House e do Hotel Areias do Seixo (em Torres Vedras) e outros investidores como o surfista internacional Kanoa Igarashi, que ocupa atualmente o 3.º lugar no ranking mundial da World Surf League (WSL) no circuito masculino (Championship Tour).
Faz parte de um aldeamento turístico de quatro estrelas, promovido pela Menlo Capital, e que representa um investimento de 25 milhões de euros.
O projeto, que deverá ficar concluído em 2026, ocupa uma área de cinco hectares, no concelho de Óbidos, no distrito de Leiria, e incluirá até 56 unidades de alojamento, restaurante, loja de surf, skate park, courts de padel e beach ténis, escola de surf, ginásio, pista de bicicletas, zonas verdes e espaços para eventos corporativos.
Citado no comunicado, Manuel Maria Vasconcelos, cofundador e CEO da Surfers Cove, considera o arranque das obras "um momento histórico a nível internacional", quer para os promotores quer para o turismo e o desporto em Portugal."
O projeto pretende "oferecer uma experiência de conexão com o mar, com a natureza e com um estilo de vida saudável e ativo", acrescenta.
O diretor de operações da Surfers Cove, Marcelo Martins, explica no mesmo comunicado que a piscina de ondas "permitirá treinos de alto rendimento para atletas, enquanto tornará o surf acessível a todas as gerações e níveis de aprendizagem, num ambiente seguro e controlado".
A tecnologia da Wavegarden Cove, já testada e implementada nos Estados Unidos da América, Reino Unido, Suíça, Austrália, Brasil e Coreia do Sul, "permite a maior variedade de ondas do mercado, sendo o 'layout' adotado para o Surf Parque a nova versão mais sustentável, que apresenta maior eficiência em termos energéticos, com o menor consumo de energia e água do mercado", afirmou.
A Wavegarden conta com 12 parques em vários países, com capacidade para acolher mais de 90 surfistas por hora e gerar mais de 25 tipos diferentes de ondas, adaptadas a todos os perfis de surfistas.
O parque funcionará até 16 horas por dia, gerando "cerca de 50 postos de trabalho diretos e uma faturação anual estimada em 10 milhões de euros num ano cruzeiro", pode ler-se no comunicado.
O projeto integra-se no Programa Inovação e Transição Digital ,COMPETE 2030, contando com o apoio dos Fundos Europeus.