O presidente da Câmara Municipal de Famalicão, Mário Passos, apresentou esta sexta-feira as premissas para a construção do novo Estádio Municipal de Famalicão, assim como todas as áreas inerentes ao redor do recinto, adiantando também que o concurso público internacional para as apresentações do projeto começam no dia 6 de março. 

O edil anunciou que o local do atual recinto desportivo do clube minhoto "seria o sítio certo" para a nova obra, frisando que "contribuiria para alavancar todo um concelho" a nível económico e cultural. Neste sentido, considerou importante haver "liberdade para apresentar propostas" e criar uma equipa técnica capaz de desenvolver a obra. 

Neste sentido, Mário Passos anunciou o estabelecimento de alguns parâmetros obrigatórios para a construção do novo recinto, embora tenha realçado que o montante do investimento, avaliado em cerca de 24 milhões de euros, e o período que demorará a terminar a obra, cerca de três anos, são "apenas estimativas dependentes do projeto escolhido". 

As obrigações para os projetos apresentados em concurso público internacional são as seguintes: um espaço mínimo de 20.000 metros quadrados reservados ao estádio, que contará com balneários, áreas complementares e próprias para a comunicação social, o terreno de jogo e quatro bancadas cobertas, compostas por 10 mil lugares sentados; 2.400 metros quadrados para uma área multifuncional, podendo eventualmente ser aceite um pavilhão multiusos e próprio para espetáculos; uma área de estacionamento de 7.000 metros quadrados e, por fim, uma área de comércio localizada junto ao estádio com especial atenção para o clube minhoto, reservada por cerca de 700 metros quadrados. 

"Estamos à espera que hajam promotores interessados neste terreno. Sobre o ponto de vista económico é uma obra viável. Depois disso, haverá a perspetiva de um contrato de conceção. A garantia é que estamos confiantes e positivos", começou por dizer o presidente da Câmara Municipal, salientando que não "estão previstos planos b" caso os projetos apresentados não agradem à comitiva técnica selecionada: "Podemos especular muito, têm aparecido propostas. Temos uma garantia de sucesso."

Mário Passos também afirmou que a única "preferência" é o respeito "dos critérios" acima referidos, salientando que a escolha de um projeto internacional ou nacional não influenciará a decisão. "Vai haver vários projetos, a melhor propostas, face aos critérios neste procedimento, vai ganhar. Não temos preferência por ninguém, a não ser pelo melhor projeto", disse, referindo que há espaço para outras modalidades, caso a obra assim o permita: "Espaço multiusos? É um polivalente, se quiserem. Permite desenvolver iniciativas diversas, nomeadamente culturais. Não pode demorar muito e terá custos, mas pode haver um promotor que tenha a capacidade de construir este espaço, é um dos critérios de avaliação."

Por fim, Mário Passos também respondeu à pergunta de Record sobre a existência de alternativas para a equipa sénior, camadas jovens e equipa feminina do Famalicão jogarem enquanto a obra está a ser concluída, revelando que haverá então preferência por um projeto que permita o clube manter-se no local, enquanto a empreitada possa ser faseada. "Soluções existem, mais do que um até, não são difíceis de encontrar. Mas queremos que o Famalicão jogue no recinto o máximo de tempo possível enquanto a obra está a acontecer. É um dos desafios ao promotor, é até um dos critérios de avaliação. Vai haver um pequeno momento, que queremos que seja o mínimo possível, em que não poderá jogar. Estamos a desafiar o promotor, nós queremos que o Famalicão jogue aqui, mesmo em obras. Vamos aguardar para que isso seja finalizado", adiantou o edil.