
Há duas temporadas no Arouca, o extremo Puche está em destaque na 7.ª edição da Revista Lobos, a publicação digital produzida pelo departamento de comunicação do clube. Aos 23 anos, o avançado espanhol que o Arouca adquiriu ao Saragoça faz uma retrospetiva da carreira e do salto que deu do futebol espanhol para a Liga portuguesa.
Puche mantém ainda frescos momentos gratificantes vividos em Espanha, como a participação na Youth Legue e a estreia pela equipa principal do Saragoça, pela qual chegou a realizar 52 jogos, antes de rumar ao Arouca. «Estava a fazer a temporada com o Real Zaragoza e recebi uma chamada do meu agente a dizer que tinham recebido uma proposta e que existia a possibilidade de assinar pelo Arouca, que já tinha iniciado os trabalhos um mês antes de nós», conta Miguel Puche, que, entretanto, teve nos conselhos do compatriota e antigo jogador do Arouca Eugeni Valderrama e na participação do clube na UEFA Conference League, em 2023/2024, reforços de peso na decisão de tomar os caminhos da Serra da Freita. «É um clube muito bom para crescer, com gente muito boa, unida e sempre pronta a ajudar», diz o extremo espanhol, que descreve o clube dirigido por Carlos Pinho como «um clube ambicioso», confiando que um dia «voltará à Europa».
Habitual suplente desde que ingressou nos lobos, Puche traça os objetivos pessoais para a atual temporada. «Gostava de ganhar mais importância no onze, obviamente. E como jogador, obviamente que gostaria de alcançar o meu primeiro golo pelo Arouca. Tenho muito orgulho em dizer que represento o Arouca, mas, como no passado pelo Real Zaragoza, também me sinto mais preparado para ter mais responsabilidades e conseguir tornar esta uma temporada de afirmação.»
Paralelamente ao futebol, Puche vai desenvolvendo o 3.º ano de uma licenciatura em Psicologia, contando com algumas facilidades concedidas pelo clube, ao qual, diz, se adaptou «muito bem», num balneário onde as línguas portuguesa e castelhana estão em maioria, facilitando, por isso, a integração.
Cumpridos dois terços da Liga e com a equipa já mais tranquila, depois de ter saltado da última para a 12.ª posição, o espanhol aponta à confiança para o que resta da temporada. «Peço, sobretudo, que confiem em nós. Afinal, já demonstrámos que, apesar de não termos começado bem a temporada, podemos estar a lutar pelos lugares superiores. Não peço muito mais, apenas isso, que confiem em nós», apela Puche, que tem no antigo internacional e goleador da seleção espanhola David Villa a principal referência. «David Villa será sempre um ídolo máximo.»