
Há novo campeão nacional! O Benfica bateu o Sporting por 4-3 no jogo 5 das finais e conquistou o primeiro título de campeão nacional desde 2019.
Nuno Dias havia avisado que o Sporting pagara caro os erros defensivos no jogo 4 e, durante 18 minutos, foi a reação a essas palavras que se viu da equipa leonina. Até ao momento do golo de Diego Nunes, o único das águias na primeira parte, a equipa dos leões não havia falhado defensivamente. E com bola mostrou ser, durante este primeiro tempo, melhor que o Benfica, conseguindo mais remates perigosos e lances de perigo.
Nuno Dias também havia avisado para as faltas (não) assinaladas a André Coelho nos lances com Zicky Té e este foi mais um duelo em que os agarrões, os puxões e os empurrões estiveram presentes. Mas logo num dos primeiros duelos entre ambos, Zicky mostrou o melhor lado: rodou, rematou e inaugurou a festa no Pavilhão João Rocha. E seis minutos depois, o gesto patenteado entrou em ação: Merlim puxou para dentro e com um disparo fulminante, colocou no ângulo. Primeiro quarto de hora de domínio total leonino com apenas um erro de destaque. Mas ao início da segunda parte, Merlim, capitão na ausência de João Matos, seria expulso. Não se dava de repente a queda do Sporting, mas começava.
Merlim expulso? Não decidiu... logo
Uma entrada sobre André Coelho valeu o segundo amarelo ao mago italo-brasileiro e, no momento de superioridade numérica, Arthur fez o golo do empate. Só que a turma leonina não baixou os braços e conseguiu, com um remate de Taynan à entrada da área, fazer o terceiro.
Cassiano Klein não perdeu tempo: por esta altura, já o Benfica tinha feito a quinta falta — surgiu, lá está, com André Coelho a agarrar Zicky Té — e estava em desvantagem, então Diego Nunes vestiu a camisola amarela, de guarda-redes avançado. E o sucesso esteve lá: colocou-se ao segundo poste e, a passe de Lúcio, igualou novamente o resultado.
Em mais um jogo equilibrado, era hora de brilhar o protagonista. Mas talvez não aquele que se esperava...
Desta vez o MVP foi Léo Gugiel
Foi a dois minutos do fim que, com 3-3, Léo Gugiel fez algo que muitas vezes faz: subiu e rematou com potência. E Afonso Jesus soube prevê-lo: esperou pelo disparo do guardião e, com dois minutos para jogar, colocou as águias na frente pela primeira vez no jogo. Mas não foi o último momento de estrelato do guardião do Benfica, que já tinha impedido vários golos adversários. A 18 segundos do fim, com uma bela saída impediu que Taynan bisasse. E no último lance da partida, no meio da carambola, contrariou o peso do corpo e parou o desvio de Tomás Paçó.
A bola saiu o guardião repôs e atirou ao ar para passar o último segundo deste campeonato. Em cinco jogos equilibrados, sempre intensos, agressivos (às vezes para lá dos limites) e repletos de golos, o Benfica revelou-se superior. Acabou a hegemonia verde e branca no futsal, depois de cinco anos e quatro campeonatos. Pela primeira vez desde 2019 houve um jogo 5 nas finais. E pela primeira vez desde 2019, o Benfica é campeão nacional.