
Em Orlando - cidade norte-americana onde se situam múltiplos parques temático, como o Walt Disney World Resort -, o Manchester City passeou frente à Juventus (2-5). Esta vitória categórica valeu aos cityzens a liderança do Grupo G do Mundial de Clubes.
A inesperada distribuição de presentes
Num canto da sala, Igor Tudor apostou no português Alberto Costa, já no outro, Pep Guardiola chamou a jogo Matheus Nunes, Rúben Dias e Bernardo Silva. Os jogadores lusos procuravam mostrar as suas valências no Camping World Stadium.
No entanto, quem começou a despontar numa fase inicial da partida foi... Rayan Aït-Nouri. O lateral esquerdo, contratado ao Wolverhampon, mostrou todo o seu pendor ofensivo, criando múltiplos desequilíbrios através da sua capacidade no cruzamento. Foi mesmo o internacional argelino a desbloquear o nulo, através de um passe magistral.

Aos 9', o atleta de 24 anos descobriu Jérémy Doku já dentro de área. O avançado belga, com um movimento característico, puxou a bola para o meio e desferiu um remate colocado em direção do poste mais distante. No entanto, a vantagem dos cityzens não durou muito tempo, fruto de um erro grosseiro de Ederson. Dois minutos depois da primeira finalização certeira, o guardião brasileiro, na saída a jogar, ofereceu um presente a Teum Koopmeiners, que não se fez rogado.
As estratégias montadas pelos dois treinadores eram bem claras: enquanto os pupilos de Pep Guardiola privilegiavam a posse de bola, a vecchia signora optava por processos mais rápidos e simplistas. Contudo, a defensiva inglesa soube lidar da melhor maneira com as investidas pelos flancos, conduzidas, principalmente, por Kilip Kostic. A formação de Turim, por outro lado, também estava bastante coesa defensivamente, mas Pierre Kalulu acabou por desfazer as pretensões da sua própria equipa.
Matheus Nunes, aos 26', desferiu um cruzamento tenso, após uma belíssima combinação com Savinho. A ação do jogador luso parecia controlada pela defensiva bianconeri, mas o central gaulês, sem oposição, empurrou a bola para dentro da própria baliza. O atleta de 25 anos e os restantes companheiros ficaram com as mãos agarradas ao rosto...
City e o regresso aos bons velhos tempos
Ao intervalo, Guardiola foi ao banco e trouxe a artilharia pesada. Omar Marmoush deu lugar a Erling Haaland, que precisou de pouco tempo para rubricar o seu nome na lista dos marcadores. Tijjani Reijnders, um dos elementos em maior destaque na partida, encontrou Matheus Nunes com um passe açucarado. O ex-Sporting voltou a mostrar aptidões nesta nova função, servindo, de bandeja, o matador nórdico. Foi o 44.º tento do temível ponta de lança na presente temporada.

A turma pintada de azul estava inspirada, fazendo relembrar a máquina compressora que guiou o clube a múltiplas conquistas. Como nos bons velhos tempos, a torneira dos golos não se fechou. Aos 69', Haaland simulou o remate e descobriu Savinho. O brasileiro, com um ligeiro toque, retirou Di Gregorio da jogada, ao mesmo tempo que assistiu Phil Foden para o quarto golo da partida - o inglês entrou aos 66' e faturou três minutos depois -.
Porém, o momento do jogo estava reservado para o minuto 75'. Cansado de fazer assistências, Savinho anotou um verdadeiro golaço. A bola sobrou para a entrada da área e o extremo aproveitou a oportunidade para apontar um míssil em direção do alvo. O remate violento deixou Di Gregório pregado ao chão, sem qualquer reação.
Dusan Vlahovic, aos 84', ainda reduziu, mas não foi suficiente para alterar a distribuição pontual. Nota para a entrada inconformada de Kenan Yildiz, que serviu o avançado sérvio na reta final do encontro.