
O líder do Chega, André Ventura, considera que, a notícia do Correio da Manhã sobre a mulher e os filhos do primeiro-ministro terem uma empresa de compra e venda de imóveis, que pode alegadamente beneficiar da recente revisão da lei dos solos, exige esclarecimentos do primeiro-ministro.
A "falta de resposta a questões básicas e a suspeita absoluta de corrupção sobre o primeiro-ministro", Luís Montenegro, não "deixa outra alternativa" a Ventura.
"Se essa resposta persistir em não ser dada, em ser ocultada, então amanhã [segunda-feira] a esta hora o Chega dará entrada com uma moção de censura ao executivo", anunciou aos jornalistas na sede do partido, em Lisboa, dando a Luís Montenegro "24 horas" para esclarecer este caso.
O líder do Chega disse ainda que já transmitiu ao Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, esta intenção de moção de censura "caso o primeiro-ministro não dê respostas satisfatórias".
Pedro Nuno também estranha silêncio de Montenegro
Ainda no sábado, o líder do PS, Pedro Nuno Santos estranhou o longo silêncio do primeiro-ministro e pediu a Luís Montenegro que dê explicações ao país.
As palavras do líder do PS surgiram depois de se saber que em 2021, com a mulher e os filhos criou uma empresa que pode agora permitir-lhe beneficiar da chamada nova lei dos solos.
As explicações (já) dadas por Montenegro
No sábado, o primeiro-ministro, Luís Montenegro, classificou como "absurda e injustificada" a sugestão que poderá existir um conflito de interesses pelo possibilidade de a empresa imobiliária da sua família poder beneficiar da recente revisão da lei dos solos aprovada recentemente pelo Governo.
Segundo a notícia do Correio da Manhã de sábado, a mulher e os dois filhos do primeiro-ministro têm uma empresa de compra e venda de imóveis, de que Luís Montenegro foi fundador e gerente e uma vez que casou com comunhão de adquiridos, segundo o jornal, o primeiro-ministro poderia beneficiar dos proveitos, algo negado por Luís Montenegro.