Os advogados de Trump recorreram hoje ao Supremo Tribunal, depois de os tribunais de Nova Iorque se terem recusado a adiar a sentença do juiz Juan M. Merchan, que presidiu ao julgamento e condenação de Trump em maio passado por 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.

Os juízes pediram uma resposta dos procuradores até quinta-feira.

A equipa de Trump procurou a suspensão imediata da sentença, alegando que essa suspensão se destina a "evitar graves injustiças e danos à instituição da Presidência e às operações do Governo federal".

O porta-voz do Presidente eleito, Steven Cheung, pediu mesmo que o caso fosse arquivado.

Numa decisão tomada na semana passada, o juiz sinalizou que provavelmente não iria punir Trump pelas suas condenações em 34 acusações criminais de falsificar registos de negócios.

As acusações envolvem um alegado esquema para ocultar um pagamento de dinheiro à atriz pornográfica Stormy Daniels nas últimas semanas da campanha de Trump em 2016 para impedir que ela divulgasse as alegações de ter tido relações sexuais com o então empresário, anos antes.

Trump alega que a história é falsa e que não fez nada de errado.

A sentença de Trump foi inicialmente marcada para 11 de julho passado e depois adiada duas vezes a pedido da defesa.

O caso judicial centrou-se no facto de Trump ter sido responsável por reembolsar o seu então advogado pessoal Michael Cohen, que efetuara o pagamento a Daniels.

A condenação levou à possibilidade de punição que varia de multa ou liberdade condicional a até uma pena de quatro anos de prisão.

Os advogados de Trump consideram que a imunidade presidencial do seu segundo mandato iminente exige a suspensão do veredicto.

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