Na sua plataforma Truth Social, Donald Trump partilhou algumas capturas de ecrã com os elogios do antigo primeiro-ministro neerlandês, no dia em que começou a cimeira da Aliança Atlântica, em Haia.

"Parabéns e obrigado pela sua ação decisiva no Irão. Foi realmente extraordinário e algo que mais ninguém se atreveu a fazer", declarou Mark Rutte, referindo-se aos bombardeamentos da aviação norte-americana na madrugada de domingo.

O secretário-geral da NATO comentou também, na mensagem dirigida ao líder da Casa Branca e já confirmada pela organização, que os Estados Unidos "estão a partir para mais um grande sucesso" em Haia, onde os aliados da NATO vão decidir o aumento das despesas com defesa.

"Vocês vão conseguir algo que NENHUM presidente norte-americano conseguiu em décadas", declarou Rutte, usando as maiúsculas que Trump usa em publicações próprias nas redes sociais.

A Europa vai pagar "um preço ENORME" para financiar a defesa "como deve ser" e "essa será a sua vitória", escreveu ainda Rutte a Donald Trump, que critica frequentemente os "caloteiros" europeus.

O Presidente dos Estados Unidos tem sublinhado repetidamente que os países europeus da NATO e o Canadá devem pagar mais pela defesa e dedicar-lhe pelo menos 5% do produto interno bruto (PIB).

A 13 de junho, Israel atacou instalações militares e nucleares iranianas, ação que justificou pela criação iminente de uma arma nuclear, o que é refutado por Teerão.

No passado domingo, os Estados Unidos executaram bombardeamentos contra instalações nucleares iranianas e, na segunda-feira, Teerão reivindicou um ataque de retaliação contra uma base norte-americana no Qatar.

No mesmo dia, e após quase duas semanas de ataques aéreos cruzados entre Israel e o Irão contra os respetivos territórios, Trump anunciou um acordo de cessar-fogo entre as partes.

Na véspera do arranque da cimeira, o secretário-geral da NATO rejeitou que os Estados Unidos tenham violado a lei internacional durante os bombardeamentos ao território iraniano.

Rutte acrescentou que os 32 países que integram a organização "concordaram há muito tempo que o Irão não pode desenvolver armas nucleares".

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