
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o seu homólogo francês, Emmanuel Macron, tiveram esta segunda-feira um telefonema antes da reunião entre líderes europeus para preparar a estratégia sobre a Ucrânia, informou a Casa Branca.
Segundo o gabinete presidencial dos EUA, ambos os líderes "tiveram uma conversa telefónica amigável" que durou "aproximadamente 30 minutos".
Trump e Macron falaram sobre a guerra na Ucrânia, a reunião de líderes europeus em Paris e a próxima reunião na Arábia Saudita entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
O Eliseu já tinha informado da chamada, embora não tenha divulgado detalhes dessa conversa além do facto de ter durado cerca de 20 minutos.
Macron reuniu-se no mesmo dia em Paris com os principais líderes da UE, NATO e Reino Unido para desenhar a estratégia europeia face às conversações promovidas pelos Estados Unidos para acabar com a guerra na Ucrânia, iniciada há três anos com a invasão russa daquele país.
Europa fora das conversações entre Ucrânia e Rússia
A Administração Trump deixou claro durante a Conferência de Segurança de Munique que a Europa não terá lugar na mesa de negociações entre a Ucrânia e a Rússia, o que perturbou as capitais europeias.
A iniciativa do presidente francês foi celebrada um dia antes de duas delegações dos Estados Unidos e da Rússia, lideradas por Rubio e Lavrov, iniciarem oficialmente as negociações em Riade.
Trump, que durante a sua campanha prometeu acabar com a guerra na Ucrânia, telefonou na semana passada ao seu homólogo russo, Vladimir Putin, e depois ao ucraniano, Volodymyr Zelensky, para discutir o fim da guerra.
O plano dos Estados Unidos prevê que a Ucrânia desista de aderir à NATO e aceite a anexação de parte dos territórios ocupados à Rússia.
A Ucrânia tem contado com ajuda financeira e em armamento dos aliados ocidentais desde que a Rússia invadiu o país, em 24 de fevereiro de 2022.
Os aliados de Kiev também têm decretado sanções contra setores-chave da economia russa para tentar diminuir a capacidade de Moscovo de financiar o esforço de guerra na Ucrânia.