Imamoglu foi detido no dia 19 de março, juntamente com quase uma centena de colaboradores, no âmbito de uma investigação sobre alegados subornos, manipulação de licitações e corrupção na Câmara Municipal de Istambul, adiantou a agência EFE.

Os advogados do autarca social-democrata recorreram contra a medida de prisão preventiva, sublinhando que não há risco de fuga, mas o tribunal decidiu hoje rejeitar este recurso.

O presidente da Câmara é também acusado de "colaboração com o terrorismo", por um acordo pré-eleitoral com o partido de esquerda pró-curdo DEM, o terceiro maior no Parlamento, mas a medida de prisão preventiva só foi imposta no caso de corrupção.

Imamoglu rejeita todas as acusações e argumenta que a acusação se baseia em testemunhos anónimos e não fundamentados.

O seu partido, o social-democrata CHP, considera a investigação judicial um "golpe civil" orquestrado pelo Governo através do poder judicial para eliminar da corrida política o principal rival de Erdogan nas próximas eleições.

Estas eleições deverão realizar-se em 2028, mas a oposição pede a sua antecipação, a qual seria também a única forma de Erdogan se recandidatar, uma vez que só pode concorrer pela terceira vez se o seu mandato for interrompido antes do fim.

Até ao momento, as sondagens dão a vitória a Imamoglu num hipotético confronto com Erdogan.

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