A taxa de desemprego diminuiu para 6% em junho, indica a primeira estimativa divulgada, esta quarta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística (INE). Segundo as estatísticas, foi o terceiro mês consecutivo em que a taxa de desemprego recuou.

Depois de dois meses em 6,4%, em fevereiro e março, o nível de desemprego desceu para 6,3% em abril, para 6,1% em maio e, agora, para 6% em junho. A taxa encontra-se abaixo do nível de desemprego registado um ano antes, em junho de 2024, mês em que correspondia a 6,3% da população ativa em Portugal.

Apopulação desempregada, em junho, diminuiu para 335,5 mil, descendo "em relação aos três períodos de comparação: mês anterior (5,3 mil; 1,6%), três meses antes (18,0 mil; 5,1%) e mesmo mês de 2024 (4,9 mil; 1,4%)", indica o INE. Com este recuo, a taxa igualou os valores registados em junho e julho de 2022.

Ao divulgar as estatísticas de junho, ainda provisórias, o INE fixou valores definitivos para o mês de maio, tendo revisto em baixa a taxa desse mês face ao anteriormente divulgado, passando-a de 6,3% para 6,1%.

Desemprego é bem mais alto entre jovens

A taxa de desemprego continua a ser maior entre as mulheres do que entre os homens. Entre a população feminina, havia em junho 6,5% de desemprego (178,6 mil pessoas), enquanto entre a população masculina a taxa estava em 5,6% (156,9 mil).

Entre os jovens, o nível de desemprego era de 18,5%, o equivalente a 70,3 mil pessoas. À semelhança da taxa de desemprego geral, entre a população dos 16 aos 24 anos, o desemprego também recuou, considerando valores ajustados de efeitos de sazonalidade. No mês anterior, maio, a taxa de desemprego jovem estava em 19,4% e, no período homólogo aos dados hoje divulgados, junho de 2024, encontrava-se igualmente num nível mais alto, de 21,5%.

A população ativa aumentou em junho relativamente a maio e ao período homólogo, passando para 5,56 milhões de pessoas. Segundo o INE, em abril deste ano, este indicador "alcançou o valor mais elevado desde fevereiro de 1998", com a população ativa a totalizar 5.569,8 mil pessoas.

População inativa também aumenta

Também a população inativa aumentou em 3,3 mil em relação a maio, para 2,47 milhões (2.468,1 mil). Relativamente a junho do ano passado registou-se uma diminuição de 58,3 mil.

A população empregada aumentou em junho para 5,2 milhões (5.227,8 mil), crescendo "em relação ao mês anterior (8,3 mil; 0,2%), a três meses antes (44,7 mil; 0,9%) e ao mês homólogo (176,8 mil; 3,5%)".

Além dos dados sobre a taxa de desemprego, o INE divulga um segundo indicador que reflete os níveis de subutilização do trabalho, contabilizando, além da população desempregada, as situações de subemprego de trabalhadores a tempo parcial, de trabalhadores inativos que procuraram emprego nas quatro semanas anteriores ao inquérito do INE mas que não estavam disponíveis para começar a trabalhar nas duas semanas seguintes, e ainda de trabalhadores inativos disponíveis para trabalhar nas duas semanas seguintes mas que não procuraram emprego nas últimas quatro semanas.

Ao todo, o INE contabiliza 579,5 mil pessoas como estando em situação de subutilização do trabalho em junho.Aos 335,5 mil em situação de desemprego, havia 129,1 mil trabalhadores a tempo parcial (mais 4.000 do que em maio), bem como 23,1 mil inativos à procura de emprego mas indisponíveis, e 91,8 mil disponíveis mas que não tinham procurado emprego. No 1.º trimestre, a taxa de desemprego ficou em 6,6%, segundo os dados trimestrais do INE mais recentes, de 7 de maio.