No passado dia 13 de maio, Stevie Wonder celebrou 75 anos, mas para o artista — vencedor de 25 dos 74 Grammy Awards para os quais foi nomeado — a idade é apenas um número: "Enquanto respirares, enquanto o teu coração bater, há mais para fazeres."

Em entrevista à BBC, Stevie Wonder — que iniciou a sua longa carreira musical aos 11 anos — confirmou que está a trabalhar num novo álbum. Em Through The Eyes of Wonder, projeto de que falou pela primeira vez em 2008, deverá refletir a sua experiência como cego.

O seu vigésimo terceiro e mais recente álbum de estúdio, A Time to Love, foi lançado em 2005, há precisamente 20 anos, quando o cantor tinha 55 anos.

"As músicas são como filhos, estão contigo para sempre"

Desde então, nos concertos que tem realizado por todo o mundo, Stevie Wonder tem revisitado o seu vasto repertório, interpretando alguns dos seus maiores êxitos, como “Superstition” (1972), “Sir Duke” (1977), “I Just Called to Say I Love You” (1984), “Isn’t She Lovely” (1976), “Higher Ground” (1973), “Signed, Sealed, Delivered (I'm Yours)” (1970) ou “For Once in My Life” (1968).

Na mesma entrevista, Stevie Wonder confessou que nunca se cansa de cantar os seus êxitos com décadas de existência, afirmando que "cantar essas músicas é como voltar a respirar" e acrescentando que "as músicas são como filhos, estão contigo para sempre e são uma expressão do espírito que tens dentro de ti".

Stevie Wonder aborda rumores sobre cegueira

Recentemente, o artista norte-americano realizou recentemente uma série de espetáculos no Reino Unido, como parte da sua digressão "Love, Light & Song".

Stevie Wonder durante os BET Awards, na segunda-feira, 9 de junho de 2025, no Peacock Theater, em Los Angeles.
Stevie Wonder durante os BET Awards, na segunda-feira, 9 de junho de 2025, no Peacock Theater, em Los Angeles. Chris Pizzello

No penúltimo concerto, a 9 de julho, em Cardiff, Stevie Wonder abordou com humor e sinceridade os persistentes rumores sobre a sua cegueira, confirmando que perdeu a visão logo após o nascimento e descrevendo essa condição como uma "bênção" que lhe permite ver as pessoas para além da sua aparência física.