O Sindicato Democrático dos Enfermeiros de Portugal (SINDEPOR) avança, através de comunicado, que a Secretaria Regional de Saúde vai trabalhar num sistema de avaliação adaptado à enfermagem, algo que é defendido por esse sindicato. Isso mesmo terá sido avançado numa reunião, realizada ontem, entre o SINDEPOR e a secretária regional da Saúde da Madeira, Micaela de Freitas.

Segundo explica, actualmente, os enfermeiros que trabalham no Serviço de Saúde da Região Autónoma da Madeira não dispõem de um sistema de avaliação como vigora na maior parte do todo nacional, designado como Sistema Integrado de gestão e Avaliação do Desempenho na Administração Pública (SIADAP).

"A tutela assumiu o compromisso de trabalhar numa avaliação adaptada à enfermagem”, aponta Evaristo Faria. O coordenador do SINDEPOR recorda que esta "é uma luta antiga, que sempre reclamámos para todo o país, por isso espero que o exemplo da Madeira também possa ser seguido em todo o território nacional”.

Além disso, este sindicado defende a contratação de mil enfermeiros nos próximos cinco anos: 200 do actual concurso, 400 para colmatar as saídas previstas por reforma e mais 400 para reequilibrar os serviços.

“A contratação destes mil enfermeiros é imprescindível para fazer face ao aumento de pessoas no arquipélago devido ao turismo, mas também para manter a qualidade dos serviços e evitar a sobrecarga de trabalho e o absentismo dos enfermeiros em funções”, sublinha Evaristo Faria.

O SINDEPOR solicitou a confirmação da avaliação de 4 pontos para todos os enfermeiros do SESARAM no biénio 2023/2024, que fora assumida pelo anterior secretário regional da Saúde, Pedro Ramos. Por outro lado, "defendeu ainda a aplicação do acelerador de carreiras a todos os enfermeiros sem excepção, bem como progressões salariais através da acumulação de 6 pontos ou de 4 em 4 anos".

O sindicato quer incentivos para atrair enfermeiros para trabalhar na Região, bem como a abertura de vagas para especialistas e gestores, a criação de um subsídio de risco para a profissão, o respeito da lei ao nível do trabalho extraordinário, nomeadamente do período de descanso entre turnos, assim como a retificação de algumas situações que impediram a progressão de alguns profissionais em acordos anteriores.

"O sindicato propôs melhorias em algumas áreas críticas do SESARAM de forma a reduzir a pressão e sobrecarga dos profissionais, nomeadamente do serviço de Urgência do Funchal, melhorando dessa forma a segurança e qualidade almejadas pelos utentes", indica o comunicado.