A Ucrânia não está no centro desta Cimeira da NATO, que se realiza hoje e amanhã em Haia, mas o secretário-geral da NATO, Mark Rutte deu conforto a Volodymyr Zelensky numa conferência de imprensa conjunta, de que o país agredido pela Rússia não será deixado para trás por causa de Donald Trump. “Esta importante cimeira será construída em cima da de Washington, onde decidimos que há um caminho irreversível da entrada da Ucrânia da NATO”, disse o responsável neerlandês. “Estamos a construir essa ponte, conforme estamos aqui a falar”, assegurou Rutte.

Esta declaração serve para tranquilizar Zelensky, porque a nova administração norte-americana é contra a entrada da Ucrânia na NATO, deixando implícito que os restantes aliados não vão deixar cair os ucranianos, garantindo que, embora “não possa antecipar a declaração final, haverá linguagem importante a favor da Ucrânia”, também “financeiramente”.

Mark Rutte garantiu que os “aliados europeus e canadianos” já garantiram “35 mil milhões de euros de apoio à Ucrânia, que é mais do que recebeu o ano passado”. O ano passado, recebeu “50 mil milhões o ano todo”, quando este ano receberá 35 mil milhões até 1 de julho”.

O secretário-geral da NATO considerou “inaceitável” a intensificação dos ataques russos ao longo das últimas semanas.

A declaração de Volodymyr Zelesnky foi curta, agradecendo a “amizade dos aliados” e congratulando-se com o compromisso de que “a direção decidida em Washington não vai mudar”. E voltou a insistir na necessidade de “mais apoio na defesa aérea” apoio na “coprodução e suporte militar.”