
Entre 30 de junho e 3 de julho, quatro dias de calor extremo, morreram 1.330 pessoas em Portugal, segundo os dados do Portal da Vigilância da Mortalidade, da Direção-Geral da Saúde (DGS).
O expectável, tendo em conta a taxa da mortalidade nos últimos anos, seria a ocorrência de 1.103 óbitos. No entanto, foram registadas, nestes quatro dias, 227 mortes em excesso. O número aumenta para 284, se tivermos em conta o período a partir de 28 de junho, quando o alerta de tempo quente começou a estar em vigência.
Num esclarecimento enviado à SIC, a DGS afirma que mais de 70% do excesso de mortalidade diz respeito a pessoas com 85 ou mais anos. "Abaixo dos 70 anos não se verificou excesso de mortalidade", assegura.
"Na atualização de 7 de julho de 2025, o índice Ícaro para Portugal Continental - que estima o impacto das temperaturas do ar na mortalidade – não prevê um impacto significativo da temperatura na mortalidade para os três dias seguintes", acrescenta a DGS.
A exeção é a região do Alentejo. Por isso, informa a DGS, é possível que ocorra "uma ligeira revisão em alta dos valores de excesso de mortalidade" atualmente estimados para Portugal Continental.
Calor bateu recorde
Entre 30 de junho e 3 de julho, registaram-se temperaturas acima dos 40ºC em várias regiões do país. Só no último mês, houve duas ondas de calor em Portugal.
Foi o terceiro junho mais quente dos últimos 100 anos e registou-se a temperatura mais alta de sempre para o mês, 46,6ºC em Mora, no dia 29.