
O secretário regional de Agricultura e Pescas defendeu, esta segunda-feira, a importância de a Madeira se associar a agências de lobby do sector primário junto das instâncias Europeias.
Nuno Maciel falava no âmbito da visita que realizou esta tarde às instalações da GESBA em São Martinho, acompanhado de Gérard Bally, que está ligado a agências de lobby do sector primário, ele que é delegado e fundador do EURODOM e membro da Associação de Produtores Europeus de Banana (APEB).
Aos jornalistas, o governante sustentou que “é tão importante defendê-la [à banana] na Região ou em Portugal continental como defendê-la nas instâncias europeias e defendê-la na Comissão [Europeia]”.
É nesse âmbito que se enquadra a vista de Gérard Bally à Madeira, a convite do Governo Regional. “O que nós queremos é nos associar a este tipo de agências, nos associarmos a este tipo de lobbies, de modo a que, juntamente com as regiões ultraperiféricas francesas e as regiões ultraperiféricas espanholas, possamos todos em conjunto defender este sector”, apontou Nuno Maciel.
O secretário regional destacou a fragilidade da produção de banana madeirense no contexto europeu, dando o exemplo da dificuldade em comercializar banana no estrangeiro no período de Verão. Dar a conhecer a realidade madeirense a figuras de destaque nas negociações europeias, como é o caso de Gérard Bally, dando mais força às reivindicações regionais.
Depois de hoje ter ficado a conhecer melhor o sector da banana e as reivindicações regionais nesse âmbito, no dia de amanhã, segunda jornada da visita à Madeira, vai ser promovido um contacto privilegiado com o sector das pescas na Região, com destaque para a negociação das quotas de atum ou a renovação dos barcos de pesca da espada.
“Nós temos de ter a percepção de que se não estivermos concertados a produção das regiões ultraperiiféricas é muito pequenina. Se nós não estivermos concertados a defender quotas específicas de mercado para as produções destas mesmas regiões ultraperiféricas e a reivindicar também alguns tipos de apoios e a majoração de alguns tipos de apoios, dificilmente nós conseguimos nos posicionar e defender com aquelas que são as grandes ameaças que vêm da América Latina”, exemplificou o secretário regional de Agricultura e Pescas.