O grupo parlamentar do PS-Madeira considera que a Assembleia Legislativa da Madeira está "subjugada aos jogos partidários do PSD" e critica a postura da presidente da ALRAM, que acusa de desrespeito ao único eurodeputado da Madeira.

Em causa está, tal como o DIÁRIO avançou na sua edição impressa de hoje, a realização da conferência 'A importância da União Europeia para as Regiões Autónomas: Presente e Futuro', cujo orador convidado é Paulo Nascimento Cabral, eurodeputado eleito pelo PSD/Açores, sendo que o único eurodeputado eleito pela Madeira, Sérgio Gonçalves, não terá sido convidado ou informado sobre esta sessão.

Para Paulo Cafôfo, trata-se de uma “profunda falta de respeito institucional” por parte de Rubina Leal, que, com esta atitude, "não só não dignifica o Parlamento madeirense, como deita por terra o expectável e salutar amadurecimento democrático e confirma um ‘modus operandi’ de instrumentalização partidária da casa da democracia na Região".

Os socialistas não colocam em causa o convite endereçado ao eurodeputado açoriano, mas sim o "desprezo em relação ao deputado eleito pelo PS ao Parlamento Europeu, o único que representa a Região no presente mandato 2024-2029, que nem foi informado de uma iniciativa para abordar, precisamente, a importância da União Europeia para as Regiões Autónomas".

No entender dos socialistas, é “inaceitável e condenável” que Rubina Leal faça da Assembleia Legislativa uma “marionete nas mãos do PSD”, fazendo jus a um já longo historial de vingança partidária, ainda para mais quando, como todos sabemos, foi a própria que os cidadãos não quiseram eleger ao Parlamento Europeu”.

À presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, o mínimo que se exigia era isenção, elevação e consideração por quem as pessoas elegeram e que é o melhor conhecedor da realidade regional e defensor dos madeirenses e porto-santenses. Paulo Cafôfo

Para o líder socialista, esta postura por parte de Rubina Leal "segue em linha com a atitude que tem vindo a ser seguida pelo Governo Regional de ignorar e evitar o diálogo com o eurodeputado Sérgio Gonçalves".