"A implementação do plano de reconstrução de Cabo Delgado, avaliado em 300 milhões de dólares (286 milhões de euros) e do Programa de Resiliência e Desenvolvimento Integrado do Norte, avaliado em 2,5 mil milhões de dólares (2,3 mil milhões de euros) requer um forte apoio de parceiros de cooperação", avançou Daniel Chapo, durante a sua primeira receção a diplomatas acreditados em Moçambique, por ocasião do novo ano.

Segundo o chefe de Estado, o apoio permitirá combinar as ações das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) com a reconstrução total das infraestruturas destruídas no âmbito do conflito armado, e o desenvolvimento económico, social e cultural da província.

"Renovamos o nosso apelo aos parceiros para que incrementem o seu apoio, de modo a que possamos continuar a consolidar os ganhos já alcançados e possamos erradicar o terrorismo do nosso país", disse.

Chapo afirmou ainda que o terrorismo é um fenómeno transnacional, com "ramificações regionais e internacionais complexas", que exige a conjugação de esforços de "todos os Estados do mundo", para o seu combate.

Desde outubro de 2017, a província de Cabo Delgado, rica em gás, enfrenta uma rebelião armada com ataques reclamados por movimentos associados ao grupo extremista Estado Islâmico.

O último grande ataque naquela província moçambicana deu-se em 10 e 11 de maio, na sede distrital de Macomia, com cerca de uma centena de rebeldes a saquearem a vila, provocando vários morto e fortes combates com as forças moçambicanas e militares ruandeses, que apoiam Moçambique no combate aos ataques.

 

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