
O PPM afirma que vai apresentar um pedido formal à Comissão Europeia, ao Organismo Europeu de Luta Antifraude (OLAF), ao Tribunal de Contas Europeu e ao Parlamento Europeu (Comissão CONT) para que seja realizada uma auditoria integral, independente e urgente a todos os fundos europeus executados na Região Autónoma da Madeira.
Através de comunicado, assinado por Luís Ornelas, o partido indica que "existem indícios sérios de derrapagens financeiras, opacidade na seleção de beneficiários, concentração da economia em poucos grupos e incumprimento de objectivos sociais essenciais, como habitação acessível, saúde, educação e mobilidade numa região ultraperiférica que deveria ser especialmente protegida pela política de coesão da UE".
O PPM defende transparência total, proteção de denunciantes e publicação de dados abertos para escrutínio público e exige a recuperação das verbas, caso se confirmem irregularidades.
Aliás, pede a todos os cidadãos e empresas que se sintam lesadas a nível de habitação, saúde, educação, mobilidade e outros assuntos empresariais o envio de documentação para o email: ppmmadeira1974@gmail.com.
Luis Ornelas faz questão de relembrar que "o crescimento do PIB na Madeira não se reflecte na vida dos madeirenses e o facto da inflação média europeia situar-se neste momento nos 2% e na Madeira em Junho de 2025 situava-se nos 3.6% mostra que o PPM Madeira tem razão".
As famílias madeirenses, sobretudo as de rendimentos mais baixos e da classe média, esta inflação traduz-se numa perda do poder de compra. Produtos essenciais como alimentos, energia, transportes e rendas continuam a aumentar, pressionado orçamentos já limitados. Muitas famílias veem-se obrigadas a cortar no que é básico desde a alimentação à saúde para conseguirem pagar as contas no fim do mês. Luis Ornelas
Quanto a empresas, especialmente as pequenas e médias, considera que o cenário não é menos grave. "A subida de preços dos combustíveis, matérias primas e custos operacionais afeta directamente a sustentabilidade dos negócios. A inflação elevada gera instabilidade, dificulta o planeamento e pode comprometer investimentos futuros, levando ao encerramento de estabelecimentos e à perda de postos de trabalho", explica.