"Os dados do Inquérito Multiobjetivo Contínuo (IMC) de 2024 permitiram estimar que 68,7% dos agregados familiares tinham acesso à Internet no alojamento, sendo 71,8% no meio urbano e 58,9% no meio rural", lê-se no boletim de Estatísticas de Tecnologias de Informação e Comunicação.

Em 2023, o inquérito tinha mostrado que 59% dos agregados familiares tinham acesso à Internet em casa (61% no meio urbano, 51% no meio rural).

A utilização da Internet (medida a partir dos 10 anos de idade) também subiu (de 70% para 74%), revelando igualmente uma desigualdade entre meio urbano e meio rural: 77% e 64%, respetivamente.

"A utilização da Internet é mais expressiva nos jovens com idades compreendidas entre 15-34 anos", acrescenta-se no boletim.

O acesso e utilização de computadores também cresceram, mas continuam a corresponder a menos de um terço da população (com mais de 10 anos).

A posse de telemóvel subiu de 74% para 76%, com uma diferença de 10 pontos percentuais na incidência entre meio urbano (79%) e meio rural (69%).

Os dados mostram ainda quedas no acesso a rádios, televisões e telefones fixos.

O IMC de onde o INE compilou as estatísticas relativas às tecnologias é um inquérito às famílias com periodicidade anual (desde 2011) e que recolhe diversas informações demográficas, sociais e económicas.

O inquérito de 2024 abrangeu uma amostra de 9.918 agregados familiares, "selecionados de forma aleatória e independente dentro de cada concelho, respeitando a representatividade a nível nacional, por meio de residência e para os 22 concelhos", nas 10 ilhas do país, explicou o INE.

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