As forças armadas dos Estados Unidos atacaram três centros nucleares no Irão, juntando-se diretamente ao esforço de Israel para decapitar o programa nuclear do país. Em Portugal, as reações políticas divergem.

EM DIRETO: EUA atacam Irão

Montenegro apela a "contenção"

O primeiro-ministro apela "à máxima contenção de todas as partes" e ao regresso às negociações para encontrar uma solução diplomática para evitar uma escalada da guerra no Médio Oriente.

Mortágua pede condenação do "plano de Trump e Netanyahu" para dominar o Médio Oriente

A coordenadora nacional do Bloco de Esquerda Mariana Mortágua apelou para que Portugal condene o "plano de Trump e Netanyahu" para dominar o Médio Oriente, insistindo que o Governo deve impedir a utilização da Base das Lajes pelos EUA.

Na ótica do BE, Portugal deve condenar o plano dos EUA e do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, "e impedir a utilização das bases norte americanas em solo nacional".

O BE já questionou o primeiro-ministro, Luís Montenegro, se tem conhecimento da "súbita intensificação" do recurso à Base Aérea das Lajes, no arquipélago dos Açores, pelos EUA, ou se recebeu alguma explicação sobre a recente presença de mais de uma dezena de aviões reabastecedores da Força Aérea norte-americana naquela infraestrutura militar.

Ventura defende que Irão não pode ter armas nucleares

O líder do Chega divulgou uma mensagem na rede social X onde defende que o Irão deve ser impedido de desenvolver poder nuclear.

Livre envia questões à AR e apela a respeito pelo "direito internacional"

O Livre apela ao respeito pelo o respeito pelo Direito Internacional depois do ataque dos EUA ao Irão, "num momento em que países como França tentavam uma saída diplomática para o confronto".

Num requerimento envido à Assembleia da República (AR), assinado pela deputada Isabel Mendes Lopes, o partido apela a "que Portugal, a título individual e junto da União Europeia (UE), se afirme como uma voz pela paz e pelo diálogo e que seja intransigente na defesa do Direito Internacional".

O Livre compara a intervenção dos Estados Unidos no Médio Oriente com o que aconteceu no Iraque em 2003.

" Com argumentos dúbios sobre as razões dos ataques, nomeadamente o eventual aproximar do Irão da capacidade de produção de armas nucleares, estes ataques assemelham-se cada vez mais aos ataques que levaram à invasão do Iraque em 2003, com consequências para a paz e estabilidade no Médio Oriente que ainda hoje se fazem sentir."

A deputada deixa um conjunto de questões a enviar à AR, incluindo sobre a utilização da base das Lajes - "Foi o governo informado? Que medidas adotou ou irá adotar para garantir que o território nacional, em particular a Base das Lajes, e incluindo o espaço aéreo português não são, direta ou indiretamente, utilizados para facilitar ações contrárias ao Direito Internacional?"