
Telma Vieira, uma jovem de 28 anos, formou-se em Engenharia Química e Alimentar pela Universidade do Minho. Em 2020, iniciou o seu percurso profissional na Bel Portugal através de um estágio curricular. Hoje, cinco anos depois, já desempenhou um vasto leque de funções, entre as quais, South Europe Cluster Regulatory Correspondent. Atualmente assume a função de Consumer & Costumer Care Manager, posição que exige pontuais visitas à sede francesa.
No mundo laboral atual, os jovens são um elemento valorizado pelas suas competências distintivas. Desde hard skills, como conhecimentos mais técnicos específicos, às soft skills, como as capacidades de liderança, onde adquirem os jovens estas competências?
Na conversa com Telma, esta refere que existe uma complementaridade entre a educação formal e não-formal. A universidade continua a ser fundamental na realização de uma fusão entre aquilo que é a teoria e outras competências, como a comunicação interpessoal. Ao longo do seu percurso académico, participou em núcleos de estudantes, na equipa desportiva e na praxe, o que considera ter estimulado a “entrega e integração no mercado de trabalho”.
As empresas assumem um papel revolucionário no novo contexto laboral. O match perfeito entre empresa e colaborador, deixa de estar nas mãos exclusivamente da primeira. Agora, os candidatos apresentam, cada vez mais, requisitos rigorosos para a entidade empregadora a que se candidatam. Telma refere que, apesar do fator monetário ainda ser de grande peso, a possibilidade de crescimento internacional e trabalhar em regime híbrido é valorizada.
Isto reflete a crescente vontade dos jovens de integrar equipas dinâmicas e focadas num crescimento constante e personalizado. No seu caso, juntar-se à Bel permitiu que participasse em projetos paralelos à sua função principal, tendo estes sido parte importante para o seu desenvolvimento. Fez parte do grupo interdisciplinar para a proteção do planeta onde contactou com diferentes áreas, distantes da sua formação base, que enriqueceram o seu percurso e competências.
Nesta procura pela receita perfeita para um jovem trabalhador, falta um ingrediente importante – a iniciativa. Telma refere que tem de existir uma vontade de crescimento constante, procurando sempre continuar a fazer formações complementares, já que, mesmo dentro da mesma empresa, “os temas da nossa função vão-se diversificar e temos de crescer com eles”.
Por fim, refere ainda que esta busca pelo conhecimento deve ser complementada com coragem para sair da zona de conforto – “Há sempre uma solução e muitas oportunidades fora do nosso conforto (…) e a única forma de lá chegar é ter coragem (…)”.
Editado por J.P.