
De acordo com dados oficiais, o número de turistas que passou por Macau só foi superado entre janeiro e maio de 2019 - antes da pandemia de covid-19 -, período em que registou quase 17,2 milhões de visitantes.
No entanto, segundo a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos (DSEC), quase 59% dos visitantes (9,57 milhões) chegaram em excursões organizadas e passaram menos de um dia na cidade.
Em 2024, o Governo Central divulgou uma série de medidas de apoio a Macau, como o aumento do limite de isenção fiscal de bens para uso pessoal adquiridos por visitantes da China.
Ao mesmo tempo, as autoridades chinesas alargaram a mais 10 cidades da China a lista de locais com "vistos individuais" para visitar Hong Kong e Macau.
Além disso, desde 01 de janeiro que os residentes da vizinha cidade de Zhuhai podem visitar Macau uma vez por semana e ficar até sete dias.
Em resultado, a esmagadora maioria (90,7%) dos turistas que chegaram a Macau nos dois primeiros meses do ano vieram da China continental ou Hong Kong, enquanto somente 1,14 milhões foram visitantes internacionais.
Em 17 de janeiro, a diretora dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, disse esperar que Macau possa receber entre 38 e 39 milhões de visitantes este ano.
Em agosto, a dirigente apontou como meta mais de três milhões de visitantes internacionais em 2025.
As autoridades do território anunciaram na segunda-feira que cidadãos nacionais da Arábia Saudita, Qatar, Kuwait, Barém e Omã estão dispensados de visto para entrar em Macau a partir de 16 de julho.
A medida surge numa altura em que o Governo de Macau quer atrair mais visitantes internacionais e após as autoridades e operadores turísticos do território terem visitado, em fevereiro, a Arábia Saudita e o Dubai, para promover a cooperação.
Apesar do aumento no número de turistas, o consumo médio de cada visitante na região chinesa de Macau, excluindo nos casinos, caiu 13,2% no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de 2024.
No início de maio, a Direção dos Serviços de Estatísticas e Censos da região apontou a "alteração do padrão de consumo dos visitantes" como uma das principais razões para a queda de 1,3% da economia de Macau entre janeiro e março.
Foi a primeira vez que o Produto Interno Bruto do território encolheu, em termos homólogos, desde o final de 2022, quando a região começou a levantar as restrições devido à pandemia de covid-19.
Macau recebeu no ano passado 34,9 milhões de visitantes, mais 23,8% do que no ano anterior, mas ainda longe do recorde, 39,4 milhões, fixado em 2019, antes da pandemia.
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