Segundo um porta-voz de Keir Starmer, citado pela agência AFP, o primeiro-ministro disse ao seu homólogo israelita que a situação na fronteira norte de Israel era "profundamente preocupante e é crucial que todas as partes atuem com cautela".

A guerra entre Israel e o Hamas, que começou em 07 de outubro após um ataque mortal do grupo em território israelita, ameaça assumir uma dimensão regional com ataques diários entre Israel e o Hezbollah libanês, aliado pró-iraniano do Hamas, de ambos os lados da fronteira.

O novo chefe do Governo britânico reiterou a posição do Reino Unido sobre o conflito entre Israel e o Hamas em Gaza, sublinhando "a necessidade clara e urgente de um cessar-fogo, da libertação dos reféns e de um aumento imediato do volume da ajuda humanitária" ao território palestiniano.

Os esforços diplomáticos para tentar encontrar uma solução foram relançados nos últimos dias, com Israel a anunciar que enviaria uma delegação na próxima semana para prosseguir as conversações com os mediadores do Qatar.

Starmer defendeu também o estabelecimento de "condições a longo prazo" para uma solução de dois Estados, "nomeadamente assegurando que a Autoridade Palestiniana disponha dos meios financeiros necessários para tomar medidas concretas".

O governante prometeu ainda continuar a cooperar com Israel contra "ameaças maliciosas".

O primeiro-ministro britânico manteve igualmente conversações com o presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmoud Abbas, para o informar das suas posições e prioridades relativamente à situação na região, em especial para pôr termo ao "sofrimento devastador e à perda de vidas em Gaza".

A existência de um Estado palestiniano é um "direito inalienável dos palestinianos", afirmou Keir Starmer, de acordo com um porta-voz de Downing Street.

De acordo com o Hamas, mais de 38.000 pessoas morreram em Gaza em consequência da guerra e as condições de vida no território palestiniano são agora "desastrosas".

 

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