O jornal New York Times ganhou quatro Prémios Pulitzer e a revista New Yorker três, atribuídos hoje, por trabalhos jornalísticos sobre temas como a crise do fentanil, os militares norte-americanos e a tentativa de assassínio de Donald Trump.

A prestigiosa medalha Pulitzer por Serviço público foi para a ProPublica pelo segundo ano consecutivo. Kavitha Surana, Lizzie Presser, Cassandra Jaramillo e Stacy Kranitz foram distinguidas por reportagens sobre grávidas que faleceram depois de os médicos adiarem cuidados urgentes em Estados com leis restritivas sobre o aborto.

O Washington Post foi premiado pela cobertura "urgente e esclarecedora" da tentativa de assassínio de Trump. Os Prémios Pulitzer distinguiram Ann Telnaes, que se despediu do 'Post' em janeiro, depois de o jornal ter recusado publicar um 'cartoon' em que satirizava o aconchego dos chefes das empresas tecnológicas, incluindo o proprietário do 'Post', Jeff Bezos, com Trump. O júri elogiou o seu "destemor".

Os Pulitzers honraram o melhor no jornalismo de 2024 em 25 categorias, bem como em oito categorias de artes, incluindo livros, música e teatro.

Os prémios do New York Times distinguiram trabalhos de reportagem no Afeganistão, Sudão, Baltimore e Butler, no Estado da Pensilvânia.

A Reuters foi premiada pela sua série de investigação sobre o fentanl, com o mesmo tema a motivar a distinção do inewsource.org.

Mosab Abu Toha, da New Yorker, foi premiado pelos seus comentários sobre o genocídio na Faixa de Gaza.

O Wall Street Journal ganhou o Pulitzer pelas reportagens sobre Elon Musk, "incluindo a sua reviravolta para a política conservadora, o seu uso de drogas legais e ilegais e as suas conversas privadas com o presidente russo, Vladimir Putin", avançou a comissão do Pulitzer.

Os Pulitzers fizeram ainda uma homenagem ao falecido Chuck Stone, pelo seu trabalho de cobertura do movimento pelos direitos cívicos. Este jornalista pioneiro foi o primeiro colunista negro na Philadelphia Daily News e fundou a Associação Nacional dos Jornalistas Negros.

Jornalistas da Esquire, Bloomberg CityLab e The Houston Chronicle também foram distinguidos.

A Associated Press foi finalista pelas 'breaking news' sobre a tentativa de assassínio de Trump e pela investigação, em parceria com a 'Frontline', da PBS, a mais de mil mortes às mãos da polícia, depois de os agentes usarem métodos de controlo que supostamente não eram letais.