
Uma mulher foi morta no oeste da Síria pela queda de um 'drone', afirmou hoje o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH), estimando que o aparelho era provavelmente iraniano.
A mulher morreu numa aldeia da província síria de Tartus, "depois de um 'drone' (aeronave não-tripulada) ter caído sobre a sua casa", indicou a organização não-governamental (ONG) com sede em Londres.
Desde a ofensiva maciça sem precedentes lançada pelo Exército israelita contra instalações militares e nucleares do Irão, seguido de salvas de mísseis balísticos e 'drones' iranianos contra Israel, testemunhas na Síria observaram dezenas de mísseis no céu sírio, alguns dos quais foram intercetados e explodiram em diferentes regiões do país.
A escalada militar entre Israel e o Irão suscitou na Síria o receio de que o conflito possa alastrar ao país já devastado por uma longa guerra civil.
Desde a queda do Presidente sírio, Bashar al-Assad, em dezembro de 2024, Israel efetuou centenas de ataques a instalações militares na Síria, afirmando querer impedir que o armamento ali armazenado fosse colocado à disposição dos novos governantes do país, que classifica como "jihadistas".
A guerra entre Israel e o Irão foi desencadeada na madrugada de 13 de junho por bombardeamentos israelitas contra instalações militares e nucleares iranianas, matando lideranças militares, cientistas e civis.
Entre os mortos, contam-se pelo menos 15 oficiais superiores, confirmados por Teerão, incluindo o chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, general Mohamad Hossein Baqari, o comandante-chefe da Guarda Revolucionária Iraniana, Hossein Salami, o chefe da Força Aeroespacial da Guarda Revolucionária, general Amir Ali Hajizadeh, e o chefe dos Serviços Secretos da Guarda Revolucionária, Mohamad Kazemi, e o seu adjunto, Hassan Mohaqeq.
O Irão retaliou com centenas de mísseis dirigidos às cidades de Telavive e Jerusalém.
Hoje, Israel e o Irão prosseguiram o fogo cruzado, com numerosos bombardeamentos a Teerão, onde foram também atingidos o quartel-general da polícia e várias zonas residenciais.
O conflito já fez centenas de mortos e de feridos de ambos os lados.