Luís Montenegro não respondeu à pergunta sobre a alteração da morada da Spinumviva, que continua a ter a sede na casa do primeiro-ministro, em Espinho. PS e Livre voltaram à carga e trouxeram para a campanha eleitoral o tema que fez cair o cair o governo da AD.

O ainda primeiro-ministro tinha garantido que a morada da empresa familiar iria ser alterada, no entanto isso ainda não aconteceu, escreve o Correio da Manhã.

Confrontado com esta questão, esta quarta-feira, em Braga, Montenegro preferiu não tecer comentários.

Já o principal opositor, Pedro Nuno Santos, sem se referir diretamente à Spinumviva, durante um almoço-comício na Costa da Caparica, em Almada, afirmou que os “portugueses querem políticos sérios”.

“Mentem sistematicamente e eu não consigo aceitar, sequer, a ideia – porque, agora, virou moda dizer ‘os portugueses não ligam a isso ’ - de que agora descobriram, ao fim destas décadas, que, afinal, os portugueses não ligam se os políticos são sérios ou não . Os portugueses ligam sim e querem políticos sérios e querem políticos que lhes digam a verdade e que não estejam sempre a mentir.”

Montenegro "não quer desfazer as confusões"

O porta-voz do Livre afirmou, também esta quarta-feira, que as "confusões" de Luís Montenegro sobre a empresa da sua família vão continuar, alegando que o líder da AD não as quer esclarecer.

"A confusão continua. As confusões de Luís Montenegro vão sempre continuar porque Luís Montenegro não quer desfazer as confusões. A Spinumviva é, neste momento, um potencial veículo de interesses", disse Rui Tavares no final de uma pedalada, em Lisboa, iniciativa já habitual nas campanhas eleitorais do partido.

Em sua opinião, a Spinumviva é mais um problema que o país tem e vai continuar a ter.

"Isto não é um percalço na campanha eleitoral, é um problema estrutural da carreira de Luís Montenegro que tem uma trajetória política na qual estas coisas se confundem", salientou Rui Tavares, para quem o país está a caminho de eleições antecipadas devido a esse caso.

"Está a fazer mal à democracia portuguesa e isso é um preço que se vai pagar sempre, pagaremos todos, mas à frente", sublinhou.

Com Lusa