A sessão no Tribunal de Lisboa, em que, esta, sexta-feira, Rúben Oliveira (conhecido como “Xuxas”) foi condenado a 20 anos de prisão, ficou marcada por um episódio insólito. Um dos 19 arguidos que estavam a ser julgados teve de avisar os juízes de que não eraacusado do crime pelo qual o estavam a condenar.

O arguido em causa, Vasco Soeiro, foicondenado a 10 anos de prisão por tráfico de droga e associação criminosa. A sessão no tribunal teve, contudo, de ser interrompida durante 15 minutos, depois de o homem ter alertado o coletivo de juízes de que não estava acusado pelo Ministério Público do crime de tráfico.

Vasco Soeiro estava em liberdade e o tribunal tinha acabado de lhe decretar prisão preventiva, com efeitos imediatos.

Finda a pausa, a juíza corrigiu o acórdão, referindo que "houve um lapso e que o arguido seria apenas condenado pelo crime de associação criminosa". Manteve, ainda assim, a prisão preventiva do arguido.

A pena foi também retificada para oito anos de cadeia.

Caso "Xuxas"

Na sessão em causa, no Tribunal de Lisboa, Rúben Oliveira, conhecido pela alcunha de “Xuxas”, foi condenado, esta sexta-feira, a 20 anos de prisão pelos crimes de tráfico de droga, associação criminosa e branqueamento de capitais.

Dos 19 arguidos em julgamento, quatro pessoas e uma empresa foram absolvidas. Estavam acusados pelo Ministério Público de terem posto em marcha uma rede de tráfico de cocaína, importada da América do Sul para Portugal, com "ligações estreitas" a organizações de narcotráfico do Brasil e da Colômbia.