O ministro Adjunto e da Coesão Territorial vai mesmo ter de ir ao Parlamento dar explicações sobre a lei dos solos. O pedido com caracter de urgência para Manuel Castro Almeida ser ouvido foi feito pelo Bloco de Esquerda (BE) e aprovado esta terça-feira na Comissão de Poder Local.

Na carta que o BE entregou na Assembleia da República, fala-se num aumento de preços dos solos rústicos desde que o decreto-lei foi publicado e critica-se também a porta aberta à especulação que, de acordo com o partido, não vai permitir que os preços da habitação baixem.

Ministro vendeu quota em imobiliária

Castro Almeida confirmou na semana passada à RTP que teve durante mais de 25 anos uma empresa imobiliária, que vendeu recentemente, para evitar qualquer associação com a alteração à lei dos solos.

"Há três ou quatro semanas (...) decidi vender a minha quota porque nessa altura se começou a gerar no espaço público a ideia de que ter uma empresa imobiliária era uma vantagem com a Lei dos Solos", frisou o ministro, que lidera o ministério que elaborou a alteração à lei dos solos aprovada pelo Governo.