Cinco pessoas morreram e 10 ficaram feridas num ataque israelita que teve esta segunda-feira como alvo o centro da cidade costeira de Tiro, no sul do Líbano, revelou o Ministério da Saúde.

Um fotógrafo da Agência France Presse (AFP) no local viu um prédio residencial desabar e equipas de resgate a retirar um homem numa maca, enquanto outros limpavam os destroços, ainda fumegantes.

O exército israelita mantém as suas operações no sul do Líbano, onde há quase um mês decorre uma ofensiva terrestre contra o Hezbollah, enquanto em Israel foi detetado o lançamento de cerca de 15 projéteis contra a cidade de Kiryat Shmona.

Nas últimas horas, soldados israelitas "localizaram armas do Hezbollah, realizaram ataques aéreos contra militantes e destruíram lançadores de foguetes usados para disparar contra comunidades israelitas", segundo um comunicado militar.

O exército também relatou um incidente em que soldados identificaram um grupo de combatentes que representava uma ameaça às tropas e deram instruções à Força Aérea para o atacar. Entretanto, cerca de 15 foguetes foram disparados contra a cidade israelita de Kiryat Shmona, no norte do país.

Alguns foram intercetados e outros atingiram o solo, mas sem causar vítimas, relata o meio de comunicação israelita Haaretz. Além disso, fonte do exército disse ter intercetado um 'drone' que cruzou do Líbano para a região da Alta Galileia.

Esta segunda-feira, o Hezbollah e os grupos xiitas pró-Irão da Resistência Islâmica no Iraque assumiram, na rede social Telegram, a responsabilidade por quatro ataques de drones contra o norte de Israel.

Em mais de um ano de fogo cruzado entre o Hezbollah e Israel, pelo menos 63 pessoas foram mortas em território israelita (31 civis, dois cidadãos estrangeiros e 30 soldados), segundo dados publicados pelo gabinete do primeiro-ministro israelita.

No Líbano, registaram-se mais de 2.600 mortes, a maioria no último mês de escalada da guerra, em que Israel lançou uma campanha massiva de bombardeamentos e uma invasão terrestre do país vizinho que forçou mais de um milhão de pessoas a fugir.