"A tragédia em Mayotte é provavelmente a mais grave catástrofe natural na história de França desde há vários séculos", escreveu Bayrou numa carta dirigida às forças políticas convidadas para Matignon, residência oficial do primeiro-ministro, na quinta-feira para consultas relacionadas com a formação do novo executivo gaulês.
O último balanço provisório do Ministério do Interior é de 31 mortos em Mayotte, mas as autoridades francesas receiam que possa aumentar nos próximos dias.
Dos 31 mortos registados oficialmente, 22 morreram no hospital e nove foram referenciados pelas autoridades locais, anunciaram as autoridades, acrescentando que 45 pessoas foram tratadas como emergências absolutas e 1.373 como emergências relativas após o ciclone ter devastado o arquipélago do Oceano Índico no sábado.
Depois de Mayotte, o ciclone prosseguiu a sua marcha em direção ao continente africano e atingiu Moçambique, que regista a morte de pelo menos 70 pessoas e 600 feridos em Cabo Delgado, Nampula e Niassa, de acordo com dados atualizados hoje pelas autoridades moçambicanas.
Os dados preliminares em Moçambique, divulgados à imprensa por Bonifácio António, técnico do Instituto Nacional de Gestão e Redução do Risco de Desastres (INGD), apontam que o Centro Nacional Operativo de Emergência (CNOE) registou pelo menos 50 mortos só no distrito de Mecufi, na província de Cabo Delgado, no norte do país.
A passagem do ciclone Chido causou ainda a destruição total ou parcial de 36.207 casas, afetando também 48 unidades hospitalares, 13 casas de culto, 186 postes de energia, nove sistemas de água e 171 embarcações.
O INGD indica ainda que 149 escolas, 15.429 alunos e 224 professores foram afetados pelo mau tempo.
No vizinho Malaui, a passagem do ciclone Chido fez 13 mortos, anunciou hoje a agência nacional de gestão das catástrofes (DoDMA, na sigla em inglês).
Apesar de ter perdido parte da sua intensidade depois de continuar a percorrer mais de 500 quilómetros para o interior, o sistema de baixa pressão também fez cerca de 30 feridos e afetou cerca de 45 mil pessoas ao passar por este país da África Austral na segunda-feira.
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